CAPÍTULO 5

1571 Words
Quando Scott para de me beijar, eu quero apenas abraça-lo apertado e não soltar as ultima coisas que aconteceram não foram legais, foi péssimo, agora ele estava ali, me beijando e admitindo algo bom e ao mesmo tempo catastrófico, do tipo que pode mudar tudo ou me deixar com aquela sensação de perda quando não der certo. Ele afasta o rosto do meu e me encaram, os olhos profundos e ate a forma que ele me faz isso me faz ficar ruborizada, do tipo que entrega o jogo sem nem ao menos ter abrido o maldito tabuleiro pra jogar, eu não era boa em esconder o que sentia, podia não sentir tanto, não ter drama, medo ou choro, mas eu era mais que isso quando pressionada da forma certa, como naquele momento. - Scott. - Não posso desistir de você e da nossa filha, Theo pode ser um irmão incrível sabia? Ele mesmo disse isso, eu o coloquei na cama e ele percebeu que não estava bem, deixei passar o que havia acontecido, foi bem complicado. - Falou pra ele? – Ele ergue a mão e acaricia a minha barriga, no gesto mais fofo e que me faz registrar aquilo em uma caixa de memoria bem na minha cabeça, do tipo que daqui a seis anos vou lembrar-me do gesto com força e sentir por isso. - Não posso esconder dele, ele também não é bobo, era como se ele já soubesse. - Ele esta no meio de algo r**m há tanto tempo – Eu me afasto dele, fecho a porta e dou um passo para o lado. – Podemos sentar? Meus pés estão me matando de uma forma incrível. Ele abre um sorriso, um que iria iluminar cada pedacinho de mim. - Eu estava colocando ele na cama e ele me fez um pedido, um que me fez ver que eu sou o causador disso. - Sua ex-mulher também, ela não bate bem das ideias nem mesmo com o filho – Falo, me sentando e vendo-o fazer o mesmo, com a diferença que coloco as pernas pra cima, em sinal total do peso adicional sobre o meu ventre. Se reparar m bem eu estou me sentindo confortável com ele aqui, sempre foi assim, desde que o conheci, ele passava confiança e calma, mesmo que a vida dele fosse caótica. - Eu pensei no que falei no hospital, eu não posso abrir mão dessa criança, me desculpa se eu fui inconveniente e não respeitei a pouco, mas quando eu olho pra você, me sinto bem e confortável – Dou um sorriso, a p***a toda era reciproca, de uma forma que me deixava feliz e satisfeito. – Falando com Theo, ele me fez entender que mesmo com tudo que houve ao longo dos anos nunca me fez amar ele menos, me fez proteger ele, por que iria ser diferente com ela? - Olha, eu sei que pra você deve ser difícil pensar em alguém ameaçando um filho seu, hoje, eu mais que ninguém entendo você, no começo abri mão de você pela minha e pela segurança da criança, eu pensava que iria acontecer isso, mas você apareceu e eu ate estava me acostumando de sermos pai juntos, mesmo separado, aconteceu aquilo com Catarina e você mudou como foi lá atrás, antes mesmo de descobrir que iria ser mãe. Não pode fazer isso pelo resto da vida, abrindo mão das coisas e deixando de viver bem por conta dela, ela nunca vai sair da sua sombra se não fazer nada. - Eu já tentei fazer de tudo, você não faz ideia. - Talvez a resposta e não fazer nada, deixar as coisas indo e se cuidar, ficar atento e desapegar a ideia que você vai fazer algo se ela fizer algo que beneficie ela, tem que ignorar e seguir, já esta mais que na hora de você colar ela no lugar dela, não só pelo seu filho, Theo, mas por essa criança que esta vindo. Eu poderia ter me machucado e a criança também, mas deu certo no final. Mas não espere que tenha o mesmo sangue de barata de antes, ainda mais sabendo que ela vem pra cima sem pensar duas vezes. - Você tem razão em tudo que falou, eu não consigo me sujeitar a isso. Eu a quero longe de mim, eu sei o que foi ter que aguentara coisas por Theo, mas ele mesmo me disse que não vale a pena, que a mãe dele não pode me fazer isso. Ate-o esta me vendo assim, entende? Sinto-me um lixo, do tipo que poderia a fazer pagar por isso que esta fazendo, por tudo que já me fez. - Isso é um começo ótimo, sabia? - Devia ter feito isso faz tempo, mas parece que pensava demais no que poderia dar errado, de ficar sem meu filho, mas que juiz o entregaria pra ela, sabendo das maluquice e eu tendo registro de cada uma delas. - Você sempre pensou mais no seu filho do que em você, você sabe disso Scott. - Ela nem ama ele, dói pensar que uma criança incrível como ele não tem uma mãe que o ama de verdade – Vejo os olhos dele se encherem de agua e eu me aproximo dele, pego as mãos dele e seguro, como se pudesse transmitir uma boa energia pra ele. – O pior e saber que ele queria isso, que desde garoto espera uma aceitação e nuca tem tenso às vezes pra agitar as coisas pra me atingir, meu filho não e uma arma Ranya, não quero o ver sendo usado como uma não quero ver a mãe dele fazendo promessas que nunca vai cumprir e deixando ele sozinho o resto da semana, por mais que doa, eu não quero mais ela perto dele ou de mim. - O que quer dizer? - Que acabou eu vou tirar o garoto dela pra sempre. - Você consegue fazer isso? – Ele da um sorriso, ergue a minha mão ate a cicatriz em seu rosto. - Acha que ainda posso ou devia ter feito isso há tempos, eu tenho como provar tudo, eu não vou aceitar ela perto dele ou de mim e minha família, minha família agora tem um novo sentido e eu não vou passar um inferno para ter um, não pelo resto da minha vida. Estou cansado. - Isso e um grande passo, sabia? - Theo vai entender o motivo de fazer isso e quem sabe isso não o deixe mais tranquilo. - Ele vai entender sim, quando pensar nisso, lembre-se de como ele se sente e o que ele já passou com ela, você não precisa pensar muito se for por esse lado – Ele desliza a minha mão ate a boca dele e beija. - Eu vou ficar em Del Rey e vou fazer minha vida aqui, vou reconquistar você e vamos seguir em frente. - O que? - Eu não vou pedir pra você voltar comigo – Ele abre um sorriso envergonhado. – Eu quero fazer você voltar por querer estar comigo, por ainda gostar de mim. - Metade eu já estou fazendo – A sensação de frio na barriga surge com aquela perspectiva nova e diferente. – Ainda gosto de você. Abro-me e aquilo parece um sopro dado no meu coração, que faz ele gelar e esquentar ao mesmo tempo ate errar as batidas de forma premeditada e calculada, como se já esperasse por essas palavras vindo de mim. Bem, tem quem diga que o corpo da gente e o que mais conhece a gente, não era mentira. - Eu queria ter tido isso antes, essa postura e atitude, mas eu não tive, mas agora, se me permitir, quero fazer todo aquele caminho de volta. - Tem uma diferença agora, sabia disso, não e? - Você esta gravida. - Isso e uma criança que vai precisar da gente, além disso, minha b***a esta enorme e meus p****s doem pelo leite, sinto fome de manha de tarde e de noite, além de ter desejos estranhos e bizarros, também não consigo mais me depilar, depilação virou artigo de luxo ao qual não enxergo minhas partes, assim como a barriga impede de eu depilar também a minha canela, que tem pelos que parecem masculin0o, fazendo um conjunto lindo quando os meus pés incham. Pelos menos minhas axilas estão ótima, embora meu cabelo crescesse e ressecou, armou como um exercito pronto pra guerra. Digamos que meu corpo e minha rotina, minha vida esta diferente. - Por que acha que quero começar de novo e não pedir pra voltar são quase nove meses longe, eu vou conquistar você de novo, nem que tenha que te levar pra lua se for preciso, eu não vou perder você e nem essa criança que vice carrega, nada e ninguém vai me impedir de ser feliz com meus filhos e com a mulher que eu gosto, não quero mais me sacrificar. Estou velho pra isso também. - Bem que eu notei um cabelo branco – O rosto dele se ilumina. - Você me desculpa? – Olho para ele, as mãos dele ainda envolve as minhas. - Sim, desculpo - Falo e vejo ele me abraçar, dessa vez mais calmo e mais demorado. – Ah tem mais uma coisa, abraçar se tornou apertado pela barriga. - Você esta incrível. - Eu diria o mesmo se você carregasse uma criança. - Ranya. - Scott.
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