CAPÍTULO 4

1800 Words
Quando volto pra casa eu já estou melhor, mesmo estando tudo bem com o bebé, as palavras de Scott passavam na minha cabeça e eu não havia controle de nada, mesmo no fundo eu sabendo que eu não poderia sentir aquilo novamente, a parte que ele se vai, mesmo que agora ele não esta apenas me deixando. Caio no sofá deitada e exausta, mas satisfeita por não ter ficado tão mau na frente dele. Era humilhante sofrer isso pela segunda vez, era melhor ele se afastar e não deixar a ex-maluca dele se aproximar de mim. Era uma segurança, na verdade, senti - me exposta e em perigo, isso por uma mulher que parecia estar mesmo disposta a vir pra cima de mim com forca, com toda raiva que ela havia criado pra mim. O celular toca e vejo que Roman ainda dá uma revirada de olhos antes de atendê-lo. - Pronto. - Você não iria ficar em casa comigo e mamãe, Melina poderia ajudar se você precisasse. Você vai fugir daqui agora? - Estou bem, não precisa se preocupar comigo, estou bem de verdade. Eu nunca gostei tanto da minha casa como agora, a gravidez muda uma pessoa, meu irmão. Você não tem noção - Dou uma risada. - Eu estou bem. - Não quer falar o motivo de Scott aparecer e depois sair daquela forma e o que falaram? Pensei que já havíamos passado a fase de falar tudo um com o outro, que você disse confiar mais em mim também. - Eu precisava assimilar, mas não foi nada do óbvio – Omitir aquilo dele matava - me por dentro, mas era uma coisa necessária, não queria ele tenso, se preocupando comigo ou as emoções que estão mais gritantes que nunca. Só queria o apoio dele, mesmo não querendo falar sobre tudo, pelo menos não naquele momento complicado para mim. Eu não queria nem pensar direito, quero apenas ficar bem e tranquila, no meu cantinho. - Você tem certeza que não quer falar? Estou aqui pra escutar você sempre, até o resto dos seus ou meus dias – Penso um pouco e encaro o teto, imaginando como seria se Scott fosse mais presente ou se o nosso relacionamento ainda existisse. Scott era educado, atencioso e cuidadoso, até era bom demais no s**o e poderia facilmente tirar as minhas vontades que apareceram juntas com a gravidez, não só as sexuais, mas as de comida, eu poderia apostar que ele ire no Polo Norte buscar o que eu pedisse se tivesse com desejo. De alguma forma eu observei o cuidado dele hoje, mas constatar a mesma decepção de antes, de ter Catarina mexendo com a vida dele e com pessoas que ele gosta, ainda mais o filho dele e até esse bebe que ainda não nasceu. - Não tem o que falar - Concluo, suspirando fundo e tentando não pensar nele, era bonito demais para ficar na minha cabeça , ainda mais quando eu me sentisse ato sozinha a ponto de pensar nele sem roupa alguma, o que era uma maldade. - Como não, o cara voltou e é o pai da sua filha, pelo menos espero que ele controle a situação e tenha o mínimo de postura que é necessário para esse tipo de situação, tá bom? - No fim Roman, ele mais que ninguém quer o bem dessa criança, então isso de maneira nenhuma vai ser um problema muito grande. Acho que se ele pudesse mudar o que aconteceu, ele também mudaria - Um silencio se forma. - Roman? Ainda esta ai? - Você miada gosta dele, não é? Dou uma risada ali, sozinha, vendo o que Roman fala e o que o meu peito diz. - Sim, mas sei que isso ano vai ser vivido, que agora eu vou ser mãe e vou me preparar para isso. - Sabe que pode contar comigo, não é? Essa criança vai ter uma família que vai sempre pensar nela e acolher, aconteça que acontecer, tá bom? - Você devia me ligar mais vezes, sabia? - Você é minha família e minha irmã, precisava fazer isso. - Mas vai descasar, amanhã não vou ao trabalho, diga ao chefe que não estou me sentindo tão bem. - Já pode se afastar se quiser, essa é a vantagem de ser minha irmã. - Não me deixe não ser útil. - Você vai lembrar disso quando o bebê nascer, começar chorar ou fazer bastante cocozinho de criança para ser limpo. - Relaxa, tenho um irmão prestativo e agora uma cunhada super forte e de segurança, ainda nem agradeci Melina por ter me ajudado lá, ela foi uma verdadeira amazona, você devia ver como ela se comportou ou como ela agiu, foi incrível demais até para comentar. - Ela é uma mulher incrível, não iria quer que você sofresse algo, fiquei satisfeito por ela ter defendido você. De verdade. Posso sentir a satisfação dele, mesmo sendo uma cosia pra se elogiar. Vejam, ela deu uma surra na loira. Uma surra merecida demais. Devia agradecer algumas boas vezes. - Vou desligar, preciso descansar e tomar um banho, resolver a minha vida e da minha garotinha. - Tudo bem, boa noite então, vou estar no celular se precisar. - Tudo bem, fica bem. - Boa noite , garota. Quando desligo, eu posso sentir uma calmaria dentro de mim, uma paz quase absoluta que me invade e me deixa calma para caramba, ergo a mão e toco a minha barriga, a sensação preenche- me e me invade, tem uma ternura com ela ali dentro, uma coisa que ano tem como explicar, ela vai ser uma extensão de mim, eu quero ser uma boa mãe, talvez seja difícil no começo, mas no fim da certo e as coisas vão se acertar da melhor forma possível, acreditava nisso. Ela não havia sido planejada, eu devia saber e admitir isso, ela foi um acaso de uma noite maravilhosa, ao lado de um homem incrível e que poderia ter sido um bom pai. Scott dava a vida por Theo, o garoto amava ele e idolatrava, era o tipo de criança que dava pra ver o brilho nos olhos quando falava do pai. Isso era uma qualidade enorme e gigantesca, ainda mais levando em conta a mocreia da ex-mulher, aquela que fez e produziu coisas horríveis na vida do cara. O tipo de mulher dispensável que envergonha as classes de mulher e mãe. Era engraçado isso, mulher e mãe. Era como duas versão em uma só. Muito compacta e muito prática, do tipo que faz falta ao logo da vida ou ao longo dos dias. Quando era mais nova, mamãe sempre disse que mulheres não precisavam de filhos para serem completas, que quando acontecia complementava a natureza dela e criava uma nova modalidade. A modalidade mãe. Quase como uma evolução. Sendo duas em uma. Sorri. Papai já era mais radical, dizia que a mulher só ficava mais brava e difícil de agradar. Era um comentário r**m, mas era o jeito dele dizer que fez aquilo e aguentou. Ele foi um ótimo pai. Eu gostaria que minha garotinha tivesse isso, gostaria de pensar que ela seria daquelas que iria se gabar com as amigas do pai incrível e maravilhoso que tinha, o tipo que mataria um leão por dia. Mas, infelizmente, as coisas não saem como esperamos, mesmo sendo uma coisa que não esperava, estava dando meu melhor, iria continuar fazendo isso dia após dia. Acho que dava um novo sentido. Novo mesmo. Os momentos que mais sentia falta de Scott era em finais de noites assim, quando dava uma vontade de ter alguém do lado. Acho que ainda era apaixonada por ele, acho que no fim sempre fica aquele sentimento. Eu não poderia dizer o contrário, havia uma intensidade e agora a extensão disso estava dentro de mim. Scott.... Céus, eu ainda poderia sentir a sensação gostosa apenas pensando no nome dele, da forma linda que ele sai da minha boca... Merda. Estava acontecendo os surtos de carência, era h******l isso. O barulho na porta me faz ficar de pé e me mover, afastando os pensamentos sobre Scott, não era algo que eu gostava de fazer o tempo todo, mesmo que lembrasse dele sempre que olhava pra minha barriga. - Já vai - Tiro a sapatilha e fico com os dedos livres no chão de casa, quase um alívio rápido e fácil, o conforto na gestação é indispensável, eu iria levar isso pro resto da vida, roupas e sapatos para gestante deviam ser normalizados por pessoas não grávidas, porque eles são de outro mundo, era quase como a melhor invenção do século. Quando abro a porta, eu levo um susto quando duas mãos enormes seguram o meu rosto e me faz ficar parada, sem reação alguma, levo a mão para afastar a pessoa que segura meu rosto e tenham outro susto quando vejo Scott, com os olhos vermelhos e uma expressão agitada no rosto. Reconheço ele. Mas me assisto quando ele tenta me beijar. Que raios era aquilo?! Quando consegui fazer ele parar as tentativas, encarei o rosto dela. Meu coração tremeu, cada célula minha se agitou, como se estivessem num grande e enorme liquidificador. Sentindo demais. Sentindo demais mesmo, de forma que penso que vou perder o ar, ainda mais quando encaro a boca dele. Aquilo me faz lembrar de tudo. - Somente me beija, antes que eu perda cada ponto de razão dentro de mim, só quero você. - Scott - Ele olha no fundo dos meus olhos, meu coração bate rápido demais e eu sinto a boca seca, eu me mexo, me inclino sobre ele e então faço. Eu o beijo. A língua macia é quente, envolve a minha e desliza, dança perfeitamente bem, as mãos vão para o meu quadril e se perdem ali, posso sentir as pontas dos dedos dele afundando na carne, não sei o que sentir, apenas beijá-lo com necessidade. Havia se passado muito tempo, tempo demais pra ignorar o que ainda existia dentro de mim e não passava por nada. Beijar ele naquele momento parecia a ideia mais incrível da minha vida. Poderia ser r**m, mas beijar ele era bom. Céus, apenas quero aquilo como nunca quis. AVISO IMPORTANTE - Mais um capítulo fresco pra vocês (FINALMENTE), para ficar por dentro da história de Ranya e Scott, adicione o livro na biblioteca com todo amor e carinho do mundo, comente sempre nos capítulos! Assim eu vou poder saber o que vocês acham do livro e se estão gostando, além de me deixar ainda mais empolgada, deixe suas palavras maravilhosas pra mim ou me sigam para receber novidades e atualizações diárias, além de novos livros incríveis que temos aqui na plataforma. Até amanhã com mais um capítulo fantástico. Att, Amanda Oliveira, amo-te. Beijinhos. Hehehehe até logo!!
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