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1056 Words
Lyandra Viemos para um camarote onde tinham outras meninas. O cara, que tava com um cordão gigante, tava fazendo pagamentos. Ele me encarou e depois encarou a Bruna e deu um sorrisinho de leve. Ele foi pagando as meninas, foi falando algumas regras e, quando ele chegou na nossa vez, ele fez a mesma coisa. Porcão: Aqui tem 10 mil reais. Os outros 10 vão ser pagos depois da festa. Amanhã, na hora do evento, vocês vão ser escolhidas pelos chefes que vão estar na festa. As regras são claras: depois que vocês pegarem esse dinheiro, vocês não têm direito de voltar atrás e, se vocês voltarem, eu acho que o bagulho não vai ficar nada bonito. Então eu aconselho vocês a só gastarem esse dinheiro se vocês forem vir amanhã. Bruna: Amanhã vai começar que horas e como vai ser? Porcão: A festinha vai começar às 21h da noite e não tem hora pra terminar. Mas a boa notícia é que provavelmente vocês não vão fazer programa com um monte de caras. Vocês vão ser escolhidas por um deles e vão ficar com eles a noite toda. O vagabundo não vai humilhar vocês, essa não é a intenção. A intenção é se divertir porque o mano tá saindo da cadeia e a gente quer dar uma festinha pra ele. Bruna: Perfeito. Porcão: Eu acho que vocês já sabem, mas vocês são mudas e cegas. Vocês não viram nada e não escutam nada aqui dentro. Vocês sabem que não podem trazer celulares, que é extremamente proibido filmar qualquer p***a aqui, e que, se algum vídeo vazar, todas que estão sendo contratadas vão pagar. E eu garanto que não vai ser de um jeito bonito. Gerente: Não se preocupe. As minhas meninas são treinadas e elas sabem muito bem como funcionam esses tipos de festa. Então você não precisa se preocupar, porque elas vão fazer tudo certinho, até porque é o nome da minha boate que está em jogo, e eu sei bem como vocês gostam do trabalho. Porcão: Ótimo. Agora vocês duas podem ir. Nos vemos amanhã. Ele entregou o dinheiro pra gente, separado em envelopes grandes. É claro que a gente conferiu antes de ir embora, mas, quando a gente estava descendo a escada, eu comecei a me tremer toda e a Bruna segurou na minha mão com força. Lyandra: Amiga, essa gente parece ser barra pesada. Eu não posso desistir? Bruna: Eu garanto pra você que vai dar tudo certo. Amanhã a gente vai voltar, mas hoje você já tem o dinheiro pra pagar pelo menos a metade da cirurgia da Alice, caso precise. Você também tem o dinheiro pra poder reformar um pouquinho a sua casa e pra comprar o remédio dela. Eu tenho certeza de que as coisas vão dar certo a partir de agora. E você tem que pensar que essa é a primeira e última vez. Agora a gente vai pra casa trocar essas roupas de p**a, vamos voltar pro hospital, você vai ficar com a sua filha, eu vou voltar pra casa com a minha mãe e amanhã a gente vem pro abate. Lyandra: Você fala de uma forma tão natural que chega a me dar medo. Bruna: Eu não acho que você tem que ter medo. Você pode não voltar nunca mais aqui, mas eu tenho certeza que não vai ser tão r**m quanto você está imaginando. É claro que fazer programa não é a melhor coisa do mundo, até porque tem vezes que a gente pega uns clientes escrotos pra c*****o. Mas pensa numa coisa que eu vou te falar, e talvez você não goste muito, mas é a verdade: tem mulher aí que tá dando de graça pra macho que trata elas de forma escrota do mesmo jeito e ainda joga o mínimo na cara delas. A gente tá fazendo isso por muito dinheiro. É melhor ser p**a recebendo por isso do que ser tratada como p**a e não tá ganhando nada por causa disso. É nisso que você tem que pensar. Sem falar que você não vai trabalhar com isso, você vai vir amanhã e depois você nunca mais vai colocar os pés aqui. É só torcer pra não pegar o Porcão, hahaha. p***a, no mínimo ele tá precisando de um banho e o p*u dele deve ser minúsculo. Lyandra: Bruna, hahaha! Só você pra fazer graça numa hora dessa. Pelo amor de Deus, você acha que faz diferença se o p*u do cara vai ser pequeno ou grande? Bruna: Meu amor, pelo menos tem que ser prazeroso, né? Você vai ficar a noite toda com um cara com um p*u minúsculo, tendo que fingir que tá gostando, sorrindo pra ele, gemendo que nem uma safada, pra no final ter sido horrível, você não tá sentindo nada. Deus que me perdoe, eu gosto de p*u grande e bom de cama. Lyandra: Eu acho que pra mim não faz a menor diferença. Eu prefiro pegar alguém que não queira me comer. Bruna: Por 20 mil eu duvido muito que o cara não queira te comer. Se ele quisesse conversar, ele ia pagar uma psicóloga, é muito mais barato. Mas eu tô curiosa pra saber quem é esse cara que tá saindo da cadeia. Ele deve ser importante pra eles darem uma festa pra ele. Lyandra: Pra ele tá preso, ele deve ser perigoso. Tomara que ele passe bem longe de mim. Já pensou um psicopata desse me escolher? Vou me tremer todinha e não vou conseguir sentar nele, aí ele vai raspar minha cabeça e me dar uma surra. Bruna: Hahaha! Dependendo do nível de gostoso dele, eu garanto que você vai ficar molhada antes dele falar qualquer coisa. Agora vamos voltar pro mundo real e amanhã você vai passar na minha casa. Eu vou pedir pra uma amiga levar uma roupa pra você, vou comprar na loja dela e vou comprar uma pra mim também. Esse dinheiro aqui é pra gente se arrumar bem arrumada, e eu garanto que toda essa beleza aí vai ser posta pra fora, até porque você é uma mulher muito bonita, só se esqueceu disso. E amanhã, se a mulher vai voltar que nem hoje, eu também vou marcar hora no salão: unha, cabelo, maquiagem, depilação. Lyandra: p**a que pariu. Bruna: Ser p**a dá trabalho. Vai achando que é fácil.
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