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ANJO DE VELUDO

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Blurb

A primeira foto do dia do meu casamento.

Eu giro... mas meu noivo não está lá.

Em seu lugar, vejo o estranho que arruinou a minha vida.

Esta é a história:

Há seis anos, tive a pior primeiro encontro da história.

Um encontro às cegas com um idio*ta que não aceitava um não como resposta.

Um belo estranho saiu do nada.

Me salvou.

E sentou-se comigo para terminar o encontro.

Eu pensei que era uma loucura.

Mas tivemos uma incrível química.

Nós começamos a falar, uma coisa levou a outra, acabamos na banheiro do restaurante, e...

O resto vocês já sabem.

Fiquei grávida.

Ele desapareceu.

Vida: arruinada.

Tentei seguir em frente.

Durante seis anos, eu pensei que eu tinha conseguido.

Mas agora, do nada, ele voltou... precisamente no dia do meu casamento.

Dizendo coisas que não têm nenhum sentido.

-Seu noivo não é quem você pensava que era...

-Não vou deixar você se casa com ele...

E, o pior de tudo...

-Eu vou me casar com você, no lugar dele!

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capitulo 1
CAMILA Estou noventa e nove por cento segura de que esta é a pior encontro da história. — Você disse que estudou literatura? Greg pergunta com a voz de um homem que não está ciente de que as mulheres sabem ler. Não — Mas isso não é inútil? Você sonhou em ser atendente do McDonald's, ou o quê? Corrigindo, estou cem por cento segura agora. Desde que nos sentamos, os olhos do Greg passaram todo o tempo, dividido entre o meu decote e o traseiro da garota que encheu os nossos copos de água. Lanço um suspiro amargo. Não devia ter ouvido a Brianna quando ela me disse para eu por um vestidinho preto. Não devia ter escutado, quando ela escolheu o lugar. Este restaurante é elegante, o que significa que o serviço é lento, o que significa que eu estou presa aqui por mais tempo do que eu gostaria com o Príncipe Não-Tão- Encantador. Mas ela me paga, segundo ponto para minha querida irmã. — Há muitos bons trabalhos. Digo para Greg. — O ensino, por exemplo... — Sim, mas quem em sã consciência quer ser professor? Ele diz, com cara de nojo. Me arrepio no mesmo instante. — Eu! Eu digo de maneira taxativa. Ele começa a gargalhar. Ao menos tem a decência de se dar conta, cerca de segundos tarde, mas melhor tarde do que nunca, de que na verdade, estou falando sério. Ele é um ignorante, e não vê que rir das esperanças e os sonhos de alguém no seu rosto é algo bastante estú*pido. Olho para as minhas unhas e suspiro de novo. Trinta e cinco dólares, mais a gorjeta numa manicure para me encontrar com um tipo de aberração como essa. A minha vida é uma piada. — Você está muito sexy, esta noite. Greg, diz mudando de assunto abruptamente. Ele sorri com os dentes manchados de vinho. — Não,sério. Eu reviro os olhos — Esse vestido é, sabe... put*a me*rda! A mulher mais velha com o colar de pérolas na mesa ao lado uma lança olhar de desaprovação na nossa direção. Eu olho para ela no mesmo instante, e vejo alguém por cima do seu ombro, que está numa mesa do canto. Instantaneamente, eu me sinto, como se tivesse sido atingida por um raio. Uma agitação e um calor, percorre o meu corpo dos pés a cabeça. Embora o homem está sentado, ele é obviamente, alto. E esse rosto anguloso e c***l, com afiados maçãs do rosto como um modelo de capa de revista, além de uma mandíbula de super-homem. A sua roupa se move com fluidez sob os seus ligeiros movimentos. Não é difícil perceber que o terno é ridiculamente caro. E ele tem um reluzente relógio. Não consigo desviar o olhar. Até que ele me pega olhando. Me*rda, mer*da, mer*da! Eu giro muito rápido, eu me sinto como uma completa idi*ota. Só posso esperar que o rubor no meu rosto, não seja muito óbvio. — Você está bem? Greg pergunta. — Estou bem! Quase grito, muito mais forte do que pretendia. Felizmente, a garçonete me salva, quando chega com os nossos pratos. Ela coloca os pratos na mesa. Olho para o meu ravioli com lula. E percebo que perdi o apetite e que estou com o estranho pressentimento de que alguém está me olhando. — Cheira muito bem, né? Greg pergunta, cortando o seu bife de imediato. Ele corta um pedaço grande, e coloca inteiro na boca, devorando tudo, antes que eu tenha sequer pegado o meu garfo, em seguida, continua conversando com a boca cheia de comida. Aproveito o momento para dar uma olhada para o restaurante. Em parte para não ter que olhar para Greg mastigando, e em parte, para poder dar outro olhar furtivo para o homem na outra mesa. Mas ao que parece não é tão furtivo, depois de tudo. Uma corrente de eletricidade sobe por minha coluna quando me dou conta de que ele ainda está olhando para mim. O seu olhar é direto. Sem disfarçe. Sem compaixão. Eu giro com um arrepio e eu tento me concentrar na minha comida. Greg está latindo sobre a loja de ferragens de que é co-proprietário com os seus dois irmãos mais velhos. Eu balanço a cabeça e ele sorri, espero que ele não se dê conta de que não estou prestando a mínima atenção. Você está agindo como uma adolescente apaixonada. Eu dou bronca em mim mesmo. O fantasma de Susan B. Anthony, provavelmente, me perseguirá pelo resto da minha vida por renunciar a todas as minhas inclinações feministas, no instante em que fiquei desse jeito, por um cara está olhando para mim. Mas o que está acontecendo comigo, não é ideológico, é biológico. Não é o meu cérebro que ele está afetando! Falando diretamente, o que está sendo afetado é a região no meio das minhas pernas. É estranhamente emocionante. Estranhamente inquietante. — Cami? Greg chamou. Eu giro em direção a ele. Eu não gosto que ninguém use o apelido carinhoso que apenas a minha irmã e a minha família usam. Isso é muito íntimo e familiar. Mas estou muito concentrada em terminar esta jantar o mais rápido possível para me prejudicar em exigir uma correção. — Sinto muito. O que você estava dizendo? Deixe o garfo com um ruído seco e irritado. — Tem alguma coisa distraindo você? Ele pergunta. — É bastante rude ignorar o que o outro está falando, sabe? — Me desculpe. Respondo rapidamente. — Eu estou cansada. — Cansada? — Eu tenho duas entrevistas de emprego, que eu estou me preparando muito. O que não é exatamente uma mentira. — E eu fiquei acordado a noite passada até mais tarde. Não é exatamente uma mentira. Embora "tarde" neste caso significa "tarde para mim", isto é, 9:05 em vez das 9:00 em ponto. — Entrevistas de emprego, né? Ele diz. — Bem. De qualquer maneira, eu dizia... Me retrai com um sorriso congelado, e assentindo de forma perpétua. — Eu mexo no meu telefone, enquanto ele continua. É mais fácil dessa forma, e Greg não precisa muito da minha parte para seguir falando. — Sabe, eu achei você é incrivelmente sexy. Ele diz, de forma melosa para acentuar a sua tentativa de elogio. — Um verdadeiro espetáculo. Uma menina como você precisa de um cara como eu. Empresário independente, sabe? Um vencedor. E eu sou muito bom na cama também. Resisto ao impulso de virar os meus olhos. É pelo menos a centésima vez está noite que ele diz p "vencedor" que é. Mas estou bem segura de que ele herdou a loja de ferragens do seu pai. Antes de poder decifrar como vou sair dessa situação, Greg levanta a vista e estala os dedos para chamar o garçom. Quando ninguém o atende em zero vírgula dois segundos, ele leva a mão nos lábios e assobia. — Ei! Eu praticamente grito, mortificada por seu comportamento. — Você não pode assobiar. Ele parece absolutamente perplexo de que eu tenha problema com isso. — Por quê? — É vulgar! — Vulgar? Greg repete, como se eu estivesse falando em outra língua. — Não, querida, é um gesto amigável. É que com certeza você não está acostumada que os caras te levem para lindos lugares como este. Eu deslizo no meu assento, a bochecha corada por causa da vergonha. Talvez se fechar bem forte os meus olhos, me tornarei invisível. Vale a pena tentar, pelo menos. — Você pode pegar os nossos pratos, querida. Ele diz para a garçonete, quando ela se aproxima da nossa mesa. — E pode nos trazer os menus de sobremesas. — Na verdade, isso não é necessário. Digo rapidamente, dando para a garçonete o meu melhor sorriso de desculpas. Por favor, não me odeie Digo para ela com o olhar. Eu quero que isso termine tanto como você. — A conta, por favor. — O que? Greg pergunta. — Vamos, a festa ainda nem começou! — Estou cansada! Eu explico com uma paciência que está prestes a desaparecer. — E eu estou muito cheia para comer a sobremesa. Ele olha para o seu relógio. — São apenas onze. Ele diz. — Bem, esqueça do menu de sobremesas então. Pode trazer outra rodada de bebidas. A garçonete sai correndo antes que eu possa protestar. Eu estremeço diante da perspectiva de passar mais meia hora em companhia deste homem. — Eu vou até o banheiro, está bem? Acho que esse bife não me caiu bem. Assento com a cabeça. No momento em que ele se retira da mesa, eu suspiro com alívio e pego o meu telefone para discar o número de Brianna. Ela responde de imediato. — Olá, irmã, como vai a encontro? — Eu vou mata-ló. — Ei, ei, espera um momento. O que aconteceu? Ela pergunta sem entender — Ele é chato, chato, vulgar e, e vou usar a faca de manteiga para acabar com tudo, se eu tiver que passar mais um minuto presa aqui com ele. Brianna ri em voz alta. — Não estará usando palavras como 'vulgar' com ele, né? — Não temos nada em comum, Brianna. — Os opostos se atraem. — Afastando o magnetismo da física, me permito discordar. Brianna geme. — Você nem se quer está dando mua chance para ele. Quando foi a última vez que um homem atraiu você? A pergunta me parece injusta, sobretudo tendo em conta a reação muito real e muito visceral, que acabei de ter com o homem da outra mesa. Não é que vá admitir isso para a Brianna. Eu não vou dizer para ela, que eu estava fode*ndo com os olhos com um cara, vestido no seu terno caro. Ela com certeza ia fazer da minha vida um inferno. — O que se supõe que significa isso? Eu digo. — Significa que você trata os homens como uma espécie invasora. — Por uma boa razão! Ter um homem na sua vida não é tudo, sabe? — A vida não é assim, Cami. Disse Brianna, com um suspiro de sofrimento. — Não tem que entrar comigo no plano idealista como Jo March. Não estou dizendo que o Greg seja o seu príncipe do conto de fadas, mas ao menos é... não sei, é a 'prática'". — Não quero prática. Neste momento, a única coisa que eu quero é um táxi para sair daqui. — Será que ele vai convir você para ir até a casa dele? Ela brinca. Me estremeço — Nem se ele me pagasse. Ah, dia*bos, lá está de volta. Eu tenho que ir. Eu Te amo, adeus!. A ouço ela dizer algo como: — De um beijo nele e vê se você gosta... antes de pressionar o botão e terminar a chamada, antes de guardar o meu telefone de volta. — Você estava falando de mim? Greg diz, com um movimento de sobrancelhas fingindo ser sedutor. Quando volta a sentar-se, tentando olho para ele objetivamente, sem que o prisma do desinteresse seja perceptivo. Talvez Brianna tenha razão e eu estou sendo muito dura. Não é um cara feio. Claro, a sua barba de três dias é mais do tipo que se esqueceu de tomar banho. E claro, fala muito de si mesmo e começa muitas frases com "Na minha indústria… ". Mas isso é bom, eu acho. Então, por que uma noite com Greg fica sem cor em comparação com apenas um olhar do homem do terno caro? Um deles me dá arrepios. O outrofaz a minha pele arder. — Em parte. Eu respondo. — Só queria avisar a Brianna, que chegaria em casa em breve. As suas sobrancelhas se erguem. — A noite não terminou. Eu tenho algo planejado para nós. Um amigo meu vai dar um show num bar aqui perto, eu disse que passaria por lá. Eu tento controlar a minha raiva. — Você não me disse nada! — Eu estou dizendo agora. Vai ser divertido. Odeio me sentir encurralada. — Greg, infelizmente essa noite eu não posso. — Você tem outros planos? Ele pergunta sem rodeios. — Bem, não. — Então eu não vejo o problema. Ele me diz. — Olha, Greg. Eu digo para ele, começando a entrar um pouco em pânico. — Você é um cara legal, e eu realmente aprecio o seu convite. Mas quero ir para casa, assim acho que só eu vou... Eu vou levantando enquanto digo isto, mas antes que possa conseguir levantar totalmente, a mão do Greg segura o meu pulso com força.

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