capítulo 8.

2172 Words
"vamos nos encontrar na saída de incêndio eu gostaria de disparar um alarme hoje a emergencia do amor não me deixa esperar apenas siga, eu vou te guiar eu preciso de você com emergencia" P.D.A | John Legend Saí de casa as pressas. Mais uma vez eu estava atrasada. E dessa vez eu estava realmente atrasada. Antes de sair de casa, papai me deu muitos sermões, dizendo que eu estava muito irresponsável. Infelizmente, eu tinha que concordar com ele. Eu estava tão atrasada, que ao ao invés de pegar minha bicicleta e pedalar mito rápido para chegar logo na escola, papai se ofereceu para me levar de carro e eu aceitei sem pensar duas vezes. - Coloque o cinto de segurança. Não quero ser multado! - Avisou o meu pai assim que entrei no carro. Assenti, passando o cinto pelo meu corpo e encaixando no lugar. Papai ligou o carro e deu partida. O caminho todo foi sem músicas, apenas se ouvia o barulho que o carro fazia e o som das nossas vozes. Conversamos um pouco no trajeto até a escola. Meu pai estacionou o carro em frente a escola. Tirei o meu cinto e peguei minha mochila que estava no chão do carro. Antes de abrir a porta do carro, meu pai me fez dar um beijo em sua bochecha. - Bons estudos, meu amor. - Desejou. - Obrigada, pai. - Sorri. Abri a porta do carro, saindo e fechando ela. Coloquei a mochila nas costas e comecei a caminhar em direção a entrada. No corredor não havia uma alma sequer. Todos já estavam em suas salas. Puta m***a, eu estava realmente atrasada. Subi as escadas com rapidez, entrando no corredor imenso e indo direto para a penúltima sala. Antes de entrar, bati 2 vezes na porta. O professor soltou um "Entra" e assim eu fiz. A sala estava cheia. Todos já estavam sentados em seus lugares. O professor de História estava parado, me olhando. - Me desculpa. - Foi a primeira que eu disse. - Sabe que eu não suporto atrasos, Senhorita Watson. - O professor disse, com uma cara nada boa. - Eu sei. Me desculpe, realmente não foi minha intenção. O professor abriu sua boca para me dar alguma resposta, mas fechou sua boca, olhando para algo atrás de mim. Antes de me virar para olhar o que era, ele disse: - Mais outro? - Foi m*l. - Uma voz conhecida disse. Me virei para trás, vendo Conan Gray parado, com o cabelo bagunçado e cara de quem tinha acabado de acordar. Suas roupas estavam amassadas. E mesmo assim, ele estava fodidamente bonito. - Não quero desculpas. Entrem e sentem nos seus lugares. Se eu ouvir qualquer barulho dos dois, eu os expulso da minha aula. Sem dizer nada, entramos na sala e nos sentamos nas únicas cadeiras que estavam vazias. Conan sentou perto de mim, mas na minha frente. Dava para o observar perfeitamente. Coloquei minha mochila no chão e me ajeitei na cadeira dura. O professor começou a falar o que provavelmente estava falando antes de atrapalharmos sua aula. Eu tentei prestar atenção nas suas palavras, juro que tentei. Mas foi como se ele fosse um imã, toda a minha atenção ia para o garoto a minha frente. Eu tinha olhos apenas para ele. Conan Gray estava sentado na sua cadeira, com os cotovelos apoiados em cima da mesa. Ele parecia estar prestando bastante atenção na aula. Até que, foi como se ele sentisse meus olhos em sua direção. Ele se virou para trás, me pegando no flagra. Não tive muito tempo para olhá-lo, pois assim que ele se virou e me viu, desviei a minha atenção para baixo. Fingi que estava olhando minhas unhas. Essa ideia foi estúpida, eu sei. Mas foi como eu reagi no momento. Não poderia deixar ele saber que eu estava realmente o observando. Ele se virou para frente, e soltei um suspiro de alívio. Olhei para o professor, tentando focar nele agora. Só nele. - Ouviram todos? - O professor falou um pouco mais alto. - Sim. - Respondemos em uníssono. Eu nem tinha entendido direito o que ele estava falando, mas fiz questão de responder mesmo assim. - Bom, então agora posso finalmente partir para outro assunto! eu sei que muitos de vocês não são amigos, são apenas colegas. Mas eu acho que seria incrível vocês terem uma aproximação a mais, sabem? se conhecerem melhor, passarem um tempo mais juntos. Vocês são uma turma, vão ficar juntos até o final do ano. São quase como uma família. Lá vinha... - Então, quero propor um trabalho de dupla. - Todos resmungaram. -Nem adiantam reclamar. Isso já estava decidido há tempos. O trabalho de vocês vai ser bem simples: quero uma pesquisa sobre o assunto que estamos estudando, mas quero que façam em dupla. Aproveitem esse tempo que vão ter para se conhecerem mais, tenho certeza que vai ser ótimo para todos. Revirei os olhos com aquilo. Ótimo para quem? Elizabeth e Christian não estavam nessa aula, então com certeza eu ficaria com alguém chato. Não sei se poderei aguentar meu par por muito tempo. - E professor, somos nós mesmo que vamos escolher nossas duplas? - Perguntou um aluno do fundo. - Mas é claro que não. Vocês acham que eu sou b***a? - Ele deu uma risadinha. - Eu irei sortear as duplas. Disse isso e pegou um pote, onde tinha alguns papéis dentro. - Os nomes de vocês estão aqui dentro. Irei fazer o sorteio agora. O professor abriu a tampa do pote, pegou os dois papéis e leu em voz alta. Os primeiros nomes foram de duas meninas. Eu não as conheciam, mas pareciam estarem felizes por ter caído juntas. Os segundos nomes foram de dois meninos, que não pareciam muito contentes. Com certeza não se gostavam. - E os terceiros são: Oceana Watson e... Conan Gray. - O professor anunciou, me fazendo arregalar os olhos por um tempo. Eu e Conan? num trabalho em dupla? p**a m***a. Conan se virou para trás, me olhou e, com um sorriso no rosto, me deu um aceno. Eu não fiz nada. Apenas o olhei sem reação alguma. Elizabeth estava mesmo certa? [...] - As pessoas nem estão mais comentando. Aos poucos todos vão esquecer. - Comentei, fazendo um coque de qualquer jeito no meu cabelo. - Sim, e isso é ótimo. Esse assunto mexe muito com o Chris. - Elizabeth disse. - Ele comentou algo com você? - Sobre o quê? - Me fingi de sonsa. Eu sabia muito bem o que ela estava querendo saber. - Sobre o que aconteceu naquela festa. Ninguém sabe direito o que houve, mas rola muitos boatos por aí. Claro que eu não acredito em nenhum, né. - Ela me olhou. - Não, ele não comentou nada comigo. - Menti na cara dura. - É, talvez ele nos conte uma hora... Eu ia concordar com ela, mas fui impedida com uma voz grossa me chamando. De começo, achei que seria Christian, porque ele estava no banheiro e a gente estava já fora da escola. Ele pediu para gente esperar ele lá dentro. Mas quando me virei para trás, vi que não era Christian. Era Conan. E provavelmente, Christian ainda estava no banheiro. Eu o olhei confusa para ele, sem entender anda. Ele estava um pouco longe da gente, mas caminhou até nós com passos rápidos. - Oi. - Falei assim que ele estava já estava próximo. - Eu posso conversar com você? - Franzi o cenho. O que ele queria comigo? - Não vai dar, eu preciso ir para casa. Era sério. Como eu tinha ido sem a minha bicicleta, eu iria voltar a pé. Tinha até pensado em pedir carona para mãe de Elizabeth, mas não queria incomodar ninguém. - Ótimo. - Sorriu. - Eu estou de carro, posso te levar para casa. Eu ia negar, obviamente, mas Elizabeth foi mais rápida que eu e aceitou. - Poxa, sério que você pode levar ela? tenho certeza que a Oceana adoraria. - Olhei para ela com uma cara de brava. - Ótimo, então! meu carro está ali. - Apontou para um carro preto. - Podemos ir? - Mas e o Christian, Elizabeth? eu... - Eu falo com ele. Já podem ir. Vão! - Ela me deu um empurrão para eu começar a caminhar. Suspirei e olhei para Conan. - Vamos. - Ele assentiu, começando a caminhar até seu carro. Me virei para trás, dando o dedo do meio para Elizabeth. A garota apenas riu, mostrando a língua. Às vezes eu a odeio, sério. Conan abriu a porta do carro para mim, e eu entrei, falando um "Com licença." Sentei no banco e coloquei o cinto de segurança. Ele fechou a porta para mim e foi para o outro lado, abrindo sua porta e entrando no carro. Coloquei minha mochila em cima do meu colo. Ele ligou o carro, colocou seu cinto de segurança e começou a dirigir. Antes de eu falar qualquer coisa, ele pegou uma sacola e me entregou. O encarei sem entender. - O que é isso? - Meu pedido de desculpas por ter derrubado seus donut's. - Ele explicou, me olhando por alguns segundos, mas logo voltou a olhar para frente. Peguei a sacola, a abrindo e vendo que realmente era o que ele disse. Tinha alguns donuts ali e pareciam estar deliciosos. Não acredito que ele realmente tinha comprado para mim. Peguei um e coloquei na boca. Se o que Elizabeth tinha me dado estava maravilhoso, esse que ele me deu estava incrível. p**a m***a! - Por Deus, Conan! onde você comprou esses donut's? eles são incríveis. - Ele gargalhou. - Eles são gostosos para c*****o, né? - Eu concordei. - Eu os comprei numa padaria que tem perto da minha casa. Posso trazer mais para você. Ele faria isso mesmo por mim? - Não! não precisa se incomodar. - Não vai ser um incômodo. Relaxa. - Eu iria negar mais uma vez, mas ele acabou trocando de assunto. - Você pode me informar o seu endereço? eu esqueci de perguntar antes. - Ah, claro... Passei o meu endereço, e Conan disse que achava que sabia onde era, mas que se ele errasse o caminho, eu poderia guiar ele. - Quer ouvir alguma música? - Me perguntou. - Se você quiser... Ele rapidamente pegou o seu celular e me passou. Me disse a senha que era e mandou eu ir no seu aplicativo de música. Eu liguei o celular, vendo que o bloqueio de tela era uma foto de alguma praia. A foto era muito linda. Digitei sua senha e entrei no seu aplicativo de música. Fui na sua playlist e coloquei no aleatório. A primeira música que começou a tocar foi "Handsome Killer - Kindest Cuts." - I'd like to take your for a ride - Ouvi ele cantando bem baixinho. - To my hidden places. - Completei no mesmo tom que ele. Conan me olhou, parecendo surpreso. Eu o olhei com v*****e de rir. - O quê? - Perguntei. - Não imaginava que você conhece essa música. Pensei que escutava Ed Sheeran e toda essas músicas de amor. - Ei, que machista! quer dizer que só porque eu sou uma menina, eu não posso gostar de músicas que não são de amor? - Perguntei num tom bravo, e ele riu. - Você está colocando palavras na minha boca! não foi isso que eu quis dizer... - Pois saiba que eu amo esse tipo de música e também amo músicas do tipo do Ed Sheeran. - Eclética. Gostei. - Comentou. - E você? qual seu tipo de música? - Perguntei. - Acho que qualquer uma, menos as do Ed Sheeran. - Eu ri, olhando f**o para ele. - Preconceituoso! - Ele gargalhou com o meu comentário. Já estávamos perto da minha casa, por isso me apressei em terminar de comer meu donuts. Iria deixar o resto para comer mais tarde. Assim que ele parou em frente a minha casa, eu tirei o cinto de segurança, abri a porta com minha mochila e a sacola nas mãos. Verifiquei se não tinha deixado nada no seu carro antes de caminhar para entrar em casa. - Obrigada pela carona. - Posso vir te pegar amanhã de manhã? eu preciso falar com você ainda. - Podemos falar agora. - Sugeri, mas ele negou. - Se conversamos agora você não vai querer que eu venha amanhã. - Eu sorri, negando com a cabeça. O filho da p**a era esperto demais. - Ok, então. Pode vir amanhã. Não respondi mais nada. Me virei para começar a caminhar até a porta de entrada. Peguei minhas chaves e coloquei na maçaneta, abrindo a porta e entrando dentro de casa. Antes de fechá-la, olhei para Conan, que ainda estava com o seu carro parado, apenas me olhando. - Até amanhã, Oceana Watson. - Ele se despediu. - Até amanhã, Conan. Assim que o respondi, ele deu partida indo embora.
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