capítulo 6.

1149 Words
"ô dengo me fala tudo sobre o mundo que eu não consigo debater me apresenta tuas opiniões deixa eu lhe convencer que tu é o ser mais bonito que eu tive a sorte de conhecer" Dengo | Anavitória - Se você demorar mais um minuto sequer, eu juro que vou jogar um balde de água fria na sua cabeça, Oceana Watson! - Meu pai falou mais de uma vez me fazendo abrir os olhos de uma vez. Bufei. - Ok, ok. Você venceu! - Falei alto. - Já vou levantar. - Te espero na cozinha. Não demore. - Avisou pela última vez e saiu. Por Deus, eu estava morrendo de dor de cabeça. Ter bebido foi muito bom, eu realmente tinha me divertido, mas acabei esquecendo completamente da ressaca que aquilo me traria depois. Eu e Christian dormimos na casa de Elizabeth, mas assim que tinha amanhecido, acabamos nos levantando e indo cada um para sua casa. Me levantei da cama coçando meus olhos. Como eu estava descalça, assim que pisei meus pés no chão, meu corpo todo se arrepiou. Estava gelado demais. Ignorei isso e caminhei até a porta, a abrindo e indo para o banheiro. Eu precisava de um banho urgentemente. Escovei meus dentes e joguei um pouco de água no rosto, mas não tinha funcionado. Ainda estava morta de sono. Depois disso, tirei toda aquela roupa da festa e entrei no box. Liguei o chuveiro, deixando a água cair sobre meu corpo. Estava gelada demais, por isso, coloquei na água quente e consegui relaxar em paz. Tomei um banho de mais ou menos 10 minutos e saí quando já tinha feito tudo o que era necessário. Saí do banheiro com a toalha enrolada no meu corpo e fui de volta para o meu quarto. Deixei a porta encostada e fui procurar uma roupa. Hoje estava um pouco frio, peguei um conjunto moletom e o vesti. Eu sinceramente não entendia aquela cidade. Num dia estava quente, temperatura alta e todos necessitavam de algo para se refrescar, já no outro estava frio, temperatura baixa e todos precisavam se agasalhar. Passei um pouco de perfume pelo rosto e passei um hidratante labial, pois n eus lábios estavam um pouco ressecados. Peguei minha mochila e arrumei ela. Desci as escadas e fui para a cozinha. Meu pai estava no fogão cozinhando algo ainda. Me aproximei dele e depositei um beijo na sua bochecha. - Estou muito atrasada? - Está, mas ainda dá tempo para comer algo. Antes de me sentar na cadeira, peguei um pão e coloquei queijo dentro. Levei ao microondas. Coloquei numa xícara um pouco de café fresquinho. O cheiro estava delicioso. Quando o microondas apitou avisando que os 30 segundos já haviam acabado, tirei meu pão dali e coloquei na mesa. Me sentei na cadeira, começando a comer. Depois de um tempo, meu pai se sentou para comer também. - Como foi a festa? - Perguntou ele. - Foi boa. - Ele assentiu. - Pai, aqui tem remédio para dor de cabeça? - Você bebeu muito? - Neguei. Meu pai era tranquilo, mas se tivesse contado que tinha enchido a cara, ele não gostaria nenhum pouco de saber disso. - E então por que precisa de remédio? - Não dormi direito, por isso estou assim. - Expliquei. - Fica tranquilo. Eu estava mentindo e no fundo, eu sabia muito bem que ele não tinha acredito naquela desculpa h******l. Ele não era burro. - Certo. - Ele disse e parou de comer. Levantou e foi até um dos armários, tirando a caixinha de remédio de lá. Ele me trouxe a caixinha e deixou em cima da mesa. Eu agradeci. Comemos em silêncio, pois não tínhamos mais nada para conversar naquele momento. Assim que acabei minha comida, me levantei da cadeira e coloquei meu prato e meu copo na pia. - Pai, eu posso lavar mais tarde? - Perguntei olhando para ele, que ainda comia seu café da manhã. - Eu lavo, filha. - Eu assenti. Antes de sair da cozinha, lembrei que tinha que tomar o comprimido. Engoli o pequeno comprimido com a ajuda de um pouco de água. Saí da cozinha, subi as escadas e fui diretamente para o meu quarto. Tirei meu celular do carregador e olhei as horas. Coloquei meu carregador em cima da cama e guardei meu celular dentro da mochila, depois coloquei ela nas minhas costas. Desci as escadas novamente, indo até onde estava o meu pai. - Pai, já vou, ok? - Vai de bicicleta? - Assenti. - Tome cuidado. - Ok. Tchau, te amo. - Dei um beijo na sua bochecha. - Eu também te amo. - Sorriu. Saí de casa e peguei minha bicicleta. Antes de subir, abri minha mochila e peguei meu celular que estava lá dentro. Abri meu aplicativo de música e coloquei para tocar no aleatório. Quando já estava tudo certo, subi na minha bicicleta e comecei a pedalar. [...] Entrei na escola, já indo em direção ao meu armário. Assim que parei em frente ao meu armário, vi de longe Christian. Ele estava com uma calça jeans, blusa de manga e um boné na cabeça. Estava com a cabeça abaixada. Ao meu lado tinha duas garotas conversando, elas falavam sobre a noite da festa. Elas pareciam empolgadas contando tudo para uma a outra. Deviam ser grandes amigas. As duas garotas começaram a comentar sobre Christian e sobre seus machucados, o que me incomodou muito. Se elas sabiam, as outras pessoas deviam saber também. A fofoca estava rolando solta. - Ele apanhou f**o. - Disse uma das garotas. - Não sei como teve coragem de vir para escola depois disso tudo. - A outra falou também. - Está rolando muito boatos por aí... A menina começou a dizer, mas tentei não prestar mais atenção. Fechei o meu armário com a chave e fui até onde meu amigo estava. - Chris, você está bem? Christian levantou a cabeça e me olhou nos olhos. - Estou. - Respondeu. Mas estava na cara que era mentira. Seu semblante era de tristeza. - Não precisa fingir que está bem. Nem todos os dias são bons. - Eu estou bem, OC. Só estou um pouco perturbado com todas essas pessoas falando de mim. A escola inteira está com meu nome na boca. - Ele desabafou. Suspirei entendendo o seu lado. - Por que você não vai para casa? tenho certeza que vai ser o melhor para você. Ficar escutando todas essas coisas agora não vai te fazer nada bem. - Eu achei melhor vir, OC. Não quero que pensem que sou fraco ou coisa do tipo. - Mas você não é, Chris. Jamais. - Falei. - Mas está visivelmente que você está cansado e isso é normal. Todos nós precisamos de um descanso uma hora. - Ele assentiu. Me doía ver meu amigo naquele estado.
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