Como tudo começou-parte 2

1224 Words
Vitória serviu mais chá para Justine e falou: _Sei que não se despediu de todas as irmãs quando foi embora, mas com quais voce se despediu? _ Além de vocês e Amália, só com irmã Maria, quando estava saindo ela estava me esperando do lado de fora do portão, nos abracamos, ela me disse que sentiria saudades e...-exitou pra falar nesse momento. _Fale - disse Vitória ansiosa. _ Me falou para procurar a coven rosa mística em Paris, na França, que deveria procurar a bruxa de nome Gabrielle e falar que ela havia me enviado, fiquei confusa e perguntei a ela como ela conhecia essa bruxa, já que nunca saiu daqui, e ela só sorriu e disse que Gabrielle me explicaria - disse de cabeça baixa. _ Continue - pediu Frederica _ Gravei na mente o que ela disse e diversas coisas passaram pela minha cabeça enquanto esperava na praça do vilarejo, quando finalmente chegou a hora de ir e subi na carroça pra seguir viagem percebi que o meu condutor não queria conversa e assim ficamos até chegar a cidade, lá fui a estação de trem e me informaram que não havia trens direto pra Paris, mas me explicaram como chegar lá e sempre me informando em todas paradas de trem ou carona em carroças ou carros de aluguel, assim em 3 dias cheguei a Toulose na França, de lá levei mais 2 dias pra chegar a Paris. Ao pisar os pés em Paris senti uma energia sobrenatural muito forte pelas ruas, mas não sabia como procurar uma coven que deveria ser escondida num lugar que eu nunca havia estado, então sai andando a procura de uma hospedaria pra descansar, já estava anoitecendo e resolvi entrar num bar no centro de Paris, quando cheguei ao balcão senti muita energia pesada, senti a presença de vampiros o que me deixou em alerta. O homem atrás do balcão me perguntou o que queria e pedi um copo de água, ele trouxe e assim que terminei o primeiro gole um vampiro estava ao meu lado - Justine deu uma pausa e tomou outro gole de chá e continuou sobre o olhar atento de suas interlocutoras. _ Era um homem n***o de feições muito atraente, era alto e vestia se com um belo paletó escuro, ele sorriu e me disse boa noite, eu respondi e tive vontade de sair correndo, mas achei que se fizesse isso ele iria atrás de mim e nao sei se conseguiria me defender e nem sabia se ele estava sozinho, já estava escuro lá fora. Então ele me perguntou se eu era nova na cidade me olhando nos olhos, provavelmente querendo me hipnotizar, mas sustentei o olhar já que bruxas não podem ser hipnotizadas e vi seu sorriso sumir dos lábios, foi quando ele me perguntou o que eu estava fazendo em Paris de forma séria, eu disse que não era da conta dele e ele então me perguntou se estava procurando Gabrielle - Justine parou e olhou Frederica e Vitória que estavam com cara de espanto e continuou: _Eu acenei com a cabeça que sim e ele me falou que poderia me levar até ela, eu não confiava nele e deixei isso claro pra ele, então ele me disse pra confiar, pois Paris estava cheio de vampiros a essa hora e ele poderia me proteger até a coven. Nesse momento não sabia o que fazer, então perguntei por que ele queria me ajudar e o que ele me falou quase me fez cair pra trás, ele me disse que nenhum ser sobrenatural ou nao teria coragem suficiente de desafiar Gabrielle, ainda mais um vampiro que sabia a quem a grande bruxa de paris havia pedido que vigiasse a chegada, pois seria uma amiga da filha dela, Maria. Vitória e Frederica estavam espantadas com a revelação, Frederica olhou de soslaio para Vitória que continuava olhando para Justine, esperando que ela continuasse, por sua vez, Justine se serviu de mais chá, sorvendo dois grandes goles e continuou: _Resolvi confiar no vampiro, fomos andando pelas ruas de Paris, conversando sobre as mudanças que a grande segunda guerra trouxe ao mundo, ele me falou que seu nome era Zaki e conforme avancavamos fiquei espantada com tudo que via, como se estivesse em outro planeta, ao entrarmos numa rua toda arborizada Zaki disse que tínhamos chegado, paramos em frente a um portão de ferro, alto, pintado de verde, ao entrarmos passamos por um amplo jardim de rosas vermelhas e brancas, apesar de ser noite estava tudo bem iluminado por diversos postes de luz espalhados na propriedade, a casa era gigante toda pintada de branco com detalhes dourados, ao subirmos a varanda a porta se abriu derrepente e uma linda mulher de cabelos ruivos, olhos azuis penetrantes, vestindo um lindo vestido vermelho de cetim que destacava seu corpo bem feito, me deu boas vindas, ela disse que era Gabrielle e me convidou a entrar, aceitei e quando me virei pra olhar Zaki ele ja tinha sumido...- Justine se calou, pois nesse momento alguém bateu a porta e foi como se todas estivessem saindo de um transe. Vitória pediu pra entrar e Raquel, uma das bruxas que trabalhava na cozinha, entrou empurrando um carrinho com pães, bolos, frutas e sucos, Vitória agradeceu e quando Raquel saiu ela nos convidou ao desjejum. Terminada a refeição, voltaram a se acomodar afim de continuar a reunião e ao invés de chá, agora tomariam só água, então Justine falou: _ Quando cheguei a mansão da Coven Rosa Mística naquela noite Gabrielle me informou que era mãe de Maria, ela fez parte da nossa irmandade, morou por 22 anos na Fortaleza da Fé, durante uma de suas escapadas pela noite para ir ao Vilarejo conheceu um jovem lavrador por quem se enamorou, engravidou, contou a ele que era uma irmã, que estava disposta a largar tudo e viver com ele, o homem não quis, por causa dos boatos de serem servas do demônio, ela pariu Maria dentro deste monasterio e foi feliz com ela por dois anos até o oráculo determinar que ela também deveria ir embora e deixar sua filha - Justine parou e tomou ar, olhou para o ambas as mulheres e continuou. _ Perguntei a ela como se comunicava com Maria já que ela nunca comentou nada, nem sobre ter recebido cartas e nem saia de dentro da Fortaleza da Fé e ela me disse que visitava Maria sempre através de viagem astral, Gabrielle tinha o dom do desdobramento, o que todas as bruxas podiam fazer, mas no caso dela conseguia achar qualquer pessoa conhecida ou não desde que estivesse viva e ainda fazer conjuracoes e lançar feitiços, o que era raríssimo de se conseguir fazer durante o desdobramento, algumas vezes também conseguia encontrar espíritos, mas esses só quando queriam ser encontrados, enfim que depois que Maria avisou que eu estava indo pra lá e pediu para me acolher não conseguiu mais encontrá-la. Depois daquela noite os dias que se seguiram foram de grande proveito, Gabrielle me ensinou a viver no mundo externo, me fez conhecer Paris, como líder da Coven Rosa Mística, Gabrielle é uma das bruxas mais generosas que já conheci, enfim aprendi coisas que nunca pensei que seria possível, me sentia parte de algo de novamente, até que completou cinco anos que estava lá, aí tudo mudou.
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