CAPÍTULO 54
DANTE NARRANDO
Mano… até agora eu não sei que porrä foi aquela.
Na hora que a boca da pequena encostou na minha, parecia que o mundo tinha parado. Eu podia jurar que ia segurar a marra, que ia manter ela na linha como “afilhada”, mas quem disse que eu mando no meu próprio corpo?
O beijo foi quente, intenso, cheio de raiva e t***o misturado. Mas quando ela saiu correndo, me deixou ali, travado no meio da sala… bateu a realidade. Encostei as costas na parede, passei a mão molhada no rosto, e a ficha caiu pesada.
— Caralhø… que merda tu fez, Dante? — falei baixo, pra mim mesmo.
Ela é a minha responsabilidade. A filha da minha amiga, a mina que botei na minha palavra pra proteger. E eu… eu meto a cara nela desse jeito? Qual foi o vacilo? Não sou moleque mais não pra me perder
