Inocência

1817 Words
Elizabeth Jones  Tem certas coisas que não mudam, por exemplo, o humor da madre, o carinho da Leticia comigo, e a minha amizade com as meninas, depois de eu ter limpado os banheiros, elas saíram escondida dos seus quartos, e vieram me buscar, agora estamos aqui as três, no pavilhão antigo dentro da torre, olhando a cidade.  Malu: queria ter dinheiro pra poder conhecer esse mundão a fora, quantas coisas bonitas deve ter.  Camila: nem me fala, será que a Jane, vai nos ajudar em algo?  Malu: pergunta pra Eliza, ela vive grudada no gostosão, deve saber alguma coisa, né amiga.  Elizabeth: ih, não por que eu quero, mas ele está me ensinando bastante coisa, ele fala que vai vim professor pra ensinar a gente.  Camila: “mas ele está me ensinando”, o que será que ele vai te ensinar mais amiga?  Elizabeth: para com essa merda Camila, eu sou uma freira, me do o respeito.  Malu: não por opção né, mas vai dizer que ele não é lindo?  Elizabeth: pode até ser lindo, mas o que ele tem de ignorante, estraga todo o resto.  Malu: então você cuida...  Elizabeth: acho que deu por hoje né, daqui a pouco alguém vai verificar nossos quartos, daí estamos fodidas, quer dizer, ferrada.  Elas começam a rir da minha cara após ter falado um palavrão, sempre fui a mais comportada de nós três, até porque eu cresci aqui, não sei como é o mundo lá fora, sempre fui criada por regras. Após conversarmos mais algumas coisas, saímos da torre e, fomos de mansinho para os nossos quartos, tiro a minha roupa, e só agora percebo o erro que cometi de tomar banho antes de limpar os banheiros, minhas mãos estão cheirando a Alves, amanhã vou ter que tomar banho, antes dos meus afazeres com o senhor ignorância, coloco o meu pijama, me deito na cama, só pensando que necessito dormir, mas o sono demora a vim, principalmente, porque a visão dele vem na minha mente, esse homem pevertido, lindo, atraente e que eu tenho que me manter distante, ele desperta certas curiosidades em mim, ainda mais quando a mãe dele falo que ele não presta, mas sei lá, ele aparenta ter um lado bom, eu acho, até porque ele compro um convento pra mãe dele, talvez seja coisa da minha cabeça, eu nem deveria estar pensando nisso, isso não é da minha conta, mas agora pensando, eu ia ser irmã dele, ele é 6 anos mais velho que eu, como será que seria a nossa relação, será que ele iria gostar de mim? Ai Deus, por que me fizeste tão curiosa? Isso vai acabar me metendo em encrenca, tenho que esquecer esse assunto. Com a mente se acalmando aos poucos, o sono vai vindo e eu adormeço.  (...)  Acordo com sentindo o sol bater no meu rosto, me reviro na cama para o canto, mas daí lembro que tenho que tomar banho, antes de começar o serviço, levanto da cama com muito custo, pego minhas roupas, toalha, minha nessesser de higiene, e as roupas intimas, e saio do quarto o fechando, vou até o banheiro ligo o chuveiro, pra água esquentar, tiro a minha roupa, coloco a toalha do lado da porta do box, e entro fechando a mesma, entro debaixo do chuveiro deixando agua relaxar cada pedacinho do meu corpo, me fazendo sentir mais leve, lavo os meus cabelos com shampoo, e depois passo o condicionador, enquanto ele vai agindo, eu me depilo, não é porque moro no convento que tenho que ter uma mata atlântica no meio das pernas, pelo menos é o que a Leticia disse pra mim e para as meninas. Depois que termino de fazer a depilação, enxaguo o meu cabelo, canto uma música que ouvi as crianças que vem passar as férias aqui, cantando, enquanto me lavo com o sabonete, retiro toda espuma do meu corpo, e desligo o chuveiro, abro um pouco o box e pra poder pegar a toalha do lado da porta, mas não sinto ela, abro mais um pouco para ver melhor, mas não encontro ela.  Gale: que voz lindo você tem, poderia dar aula de canto.  Não, o que ele esta fazendo aqui, ele não pode estar aqui, se a madre vê uma coisa dessa.  Elizabeth: o senhor tem que sair, você não pode entrar aqui.  Gael: eu posso entrar em qualquer lugar desse convento, ele é meu.  Elizabeth: ele é da sua mãe, agora por favor saia, antes que a madre veja essa situação, e me de punição novamente.  Gael: como assim punição novamente?- falo com uma voz mais grossa, e firme, ao contrário de antes, que estava com uma voz mais tranquila.   Elizabeth: ué punição, tive que limpar todos os banheiros de joelho por sua causa, agora por favor saia.  Gael: e... eu não sabia, isso não vai mais acontecer, tome a sua toalha.   Ele estica o braço e consigo ver a toalha balanço em sua mão, boto a cabeça pra fora e pego ela rapidamente, me enrolo nela e saio depressa do box, achando que ela já tinha saído, mas tomo um susto quando o ainda o vejo ali, me fazendo me desequilibra e quase cair no chão se não fosse ele a me segurar, para não cair, deixando nossos rostos próximo o bastante para sentir a respiração um do outro, e aqueles olhos me olham com tanta intensidade, suas mãos firmes, que apertam mais a cada respiração, me causando turbilhões de sensação por todo o meu corpo, mas o clima é quebra quando escutamos uma tosse na porta, olhamos os dois para a porta, encontrando leticia para nos olhando.  Leticia: creio que irmão Elizabeth precise se vestir, não é mesmo.  Ele me coloca de em pé novamente e eu respondo.  Elizabeth: sim, irmão Leticia.  Leticia: por favor senhor Gael, pode me acompanhar.  Gael: aham, claro.  Assim que eles saem, solto o ar, nem percebendo que o tranquei, O QUE ACONTECEU AQUI, senhor, to sentindo tanta coisa no meu corpo, será que é normal, o cheiro do seu perfume ainda está impregnando nas minhas narinas, preciso contar para as meninas, coloco minhas roupas rapidamente, faço minha higiene, guardo tudo, recolho minhas coisas, para levar para o quarto, antes de encontrar as meninas, mas quando saio do banheiro, encontro Gael discutindo com Leticia, quem mais fala é ele, com toda sua autoridade sobre ela, mas ela não fica por baixo.  Leticia: fica longe dela, eu sei muito bem como homens como você, fazem com meninas igual a ela, então já lhe aviso, fique longe dela.  Como assim meninas como eu, eles me tratam como uma criança, mas eu não sou, e eu irei mostrar pra eles. Sigo pelo corredor indo em direção ao meu quarto, escuto uma voz me chamar mão não do bola, o que eu menos quero agora é falar com alguém, até porque eu terei voltar daqui a pouco, para trabalhar pra ele, que merda, eu estou com tanta raiva, porque quando crescemos as coisas se tornam mais difícil, era pra ser mais fácil, até porque não tenho contato com ninguém, quer dizer até agora, porque me apareceu esse ser, pra me atormentar, me fazendo pensar em coisas que não era pra pensar. Chego no meu quarto e guardo as minha coisas, estendo a minha toalha, me sento pra respirar e pensar em tudo, nessas semanas, muitas coisa aconteceu, esse convento esta mudando de um jeito, a minha vida mesmo eu não querendo que mude dessa forma, esta mudando, essa aproximação minha e do Gael está me dando problema, mas não tenho escolha a não ser continuar e aprender o máximo que posso, pra poder sair daqui. Respiro fundo, e saio do quarto, dando de cara com as meninas. Camila: a onde você estava? Malu: a Leticia mando te chamar, e o Gael também, aconteceu algo. Elizabeth: bom....- contei tudo o que aconteceu pra elas cada, detalhe, tudo sobre o acontecido no banheiro, e o que da briga da Leticia e do Gael...- foi isso, to tão confusa, mas vou continuar as fazer as minhas coisas, aprender o máximo que posso e sair daqui depois. Camila: vai levar a gente né? Malu: fica quieta Camila, não incentiva essa essa merda, Eliza, fica calma, você não é assim, é muita emoção, ta conhecendo muita coisa, então relaxa, vai lá faz suas coisas e depois desabafando de novo. Elizabeth: ta bom, e.. eu vou lá então. Me despeço das duas, e sigo para o pátio para encontrar o Gael, chegando lá o vejo recebendo as coisas, as obras estão indo muito bem,  esta rápido, as crianças estão super animadas, pelo menos elas estão. Vejo ele vindo na minha direção, minhas mãos estão soando tanto, que nervosismos todo é esse, é só o Gael. Gael: você sumiu, esta tudo bem? Elizabeth: eu tinha umas coisas pra resolver, mas estou aqui agora, o que precisa de mim? Gael: ok então, conferir essas coisas, vê quanto tempo vai demorar a obra, quero fazer um baile beneficiente, para arrecadar fundos. Elizabeth: ok, estou indo lá. Gael: a eu queria te dizer, que falei com Leticia, sobre as punições, ela vai falar pra madre, que não quero mais isso, se minha mãe descobre que isso é feito aqui, isso vai quebrar ela, então antes que surte de vez e fale alguma merda que se arrependa, só fiz isso porque acho errado. Elizabeth: há  ta, vou fazer o meu serviço. saio dali sem nem ligar para o que ele fala. Verifico cada pedaço da obra,  e meu lembro do que ele disse, como que ele vai fazer uma festa aqui, ninguém esta acostumada com esse tipo de coisa, já penso essas pessoas ricas nos olhando como bichos enjaulados, não somos espetáculo para ser vendido, a dona Jane não pode estar aceitando esse tipo de coisa. A sim que termino de fazer, o que ele mando, volto pra onde ele esta, vejo a Sra. Jane, conversando com seu filho. Jane: oii querida, como você esta? Elizabeth: estou bem, venho ver as obras? e as festa? Jane: que festa? Gael me olha, depois olha pra mãe dele.  Elizabeth: ha....- eu não sabia o que falar, vai que ela não saiba. Gael: eu vou fazer uma festa beneficiente, aqui. Jane: claro que não vai- graças a Deus, ela não compactuo com isso- quer fazer faz lá em casa, mas não aqui. Gael: ok Jane: e as meninas vão a festa, o que acha Eliza? Elizabeth: não é algo que estamos acostumadas, acho melhor não. Jane: por favor, eu insisto. Elizabeth: vou ver com as meninas, não lhe prometo nada. Jane: espero que vão, eu quero muito mostrar as coisas pra vocês. ELizabeth: ta bom Mas essa agora, ter que me preocupar em ir numa festa, as meninas com certeza irão, mas eu não queria ir, enfim, que bagunça  isso tudo esta se tornando.  
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