Débora narrando Eu tava muito tranquila com tudo que eu fiz. Em paz, mesmo. Sem arrependimento nenhum sobre cada atitude que eu tomei, cada passo que eu escolhi dar. A gente tinha acabado de tomar um banho gelado na boca, ali mesmo, improvisado, depois de horas tensas de trabalho. Caveira ainda saía do banheiro, secando o rosto, enquanto eu ajeitava a calça na cintura e alisava a camisa no corpo, tentando dar um jeito naquele visual amassado, mas com a alma leve. Foi aí que o celular dele tocou. Ele pegou do criado-mudo e quando olhou, o nome na tela fez ele abrir um sorriso que eu já reconhecia. — Fala, menor. — ele atendeu. Do outro lado, meu filho, o Heitor: — Ô, tio, a lasanha já esfriou. Já tá quase acabando, e você até agora não chegou pra almoçar. Cadê você? Aquele tom de co

