Renato narrando A Karina tá me fazendo de i****a. Tá achando que me engana, que eu não percebo as desculpas esfarrapadas, os horários estranhos, os cheiros diferentes. Mas eu conheço mulher assim. Já vi muita fingida se perder achando que era esperta demais. Ela acha que pode brincar comigo, me usar, rir da minha cara. Coitada. A hora que eu pegar essa vagabunda, eu vou acabar com a vida dela. Acordei cedo, puto, com o corpo pesado e a cabeça fervendo. Minha mãe teve que me ajudar a levantar, me vestir, me dar banho, me limpar. Eu, um homem feito, dependente de uma senhora que acabou de perder a filha. Uma vergonha, uma humilhação que me come por dentro. A obrigação de estar aqui era daquela vagabunda. A Karina. Era ela quem tinha que estar me servindo, cuidando de mim, fazendo o mínim

