Debora narrando Por um segundo… só por um segundo, eu queria acreditar que não era ele. Que aquele homem me arrastando pela cintura no meio da praça não era o Guto que eu cresci junto. Que não era o mesmo Guto que dividia pipoca comigo na laje da Mari. Que não era o moleque que se jogava na lama, que me puxava pra dançar nos bailes de rua, que fingia que não se importava, mas sempre me protegia de tudo. Mas era ele. E ele não era mais o Guto. Agora ele era Caveira. E Caveira me colou no corpo dele como se eu fosse a p***a de uma propriedade dele. Como se a gente tivesse algo como se eu fosse dele. Botou moral na frente de todo mundo do bar, como se o mundo tivesse parado. Fez os olhares abaixarem, as bocas se calarem, os corpos se afastarem. Eu ouvi suspiros. Vi caras virando. Vi olho

