Mariana narrando O burburinho começou de leve, como sempre começa. Uma mensagem aqui, outra ali. Vozes baixas no fundo do salão, sussurros entre uma escova e outra. As clientes cochichando, olhando o celular e trocando olhares nervosos. Até que uma das meninas falou alto demais: — Tá nos grupos aí que vai ter invasão… Que o bagulho tá pra começar a qualquer momento! Eu não dei ouvido de primeira. Estava na reta final do atendimento, finalizando um corte, quando a tela do meu celular acendeu com o nome que me fez travar. “Pescoço.” E logo abaixo as mensagens dele agoniado. Parei. Meu coração pulou uma batida. Me afastei discretamente, desbloqueei a tela e li o resto das mensagens. “Tô chegando no salão, não sai daí” Não tive nem tempo de respirar. Virei de costas, olhei no espelho e g

