Pressão no Submundo

1080 Words

O silêncio do meu escritório só era interrompido pelo zumbido constante dos computadores. As telas, espalhadas pelas paredes, exibiam gráficos, rastros de GPS, conversas interceptadas e relatórios que eu mesmo não deveria ter em mãos. Luzes azuladas piscavam, refletindo no vidro da janela que dava para a noite paulista. Ali dentro, eu me sentia no controle de tudo — ou, pelo menos, deveria. Kian estava sentado em frente a uma das estações, impecável como sempre: camisa social justa, paletó bem cortado, gravata alinhada. Aquele homem tinha o dom de parecer um executivo saído de uma revista de moda, mesmo cercado por cabos, códigos e mapas digitais. E claro, não perdia a oportunidade de me lançar olhares carregados de sarcasmo. — Continua sem novidade, chefe — disse ele, sem tirar os olhos

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