Cayle passou o restante da aula ignorando a professora e no final, ele jogou a mochila nas costas e resolveu ir para casa por um caminho diferente.
Naquele dia, ele estava com vontade de comer bolo de cenoura e por isso passou por uma padaria.
O caminho mais curto seria atravessando um beco e como ele nunca se preocupou com o perigo pois suas correntes sempre o protegiam, ele seguiu sem medo.
Ele caminhou tranquilamente comendo seu bolo, mas uma briga entre delinquentes estragou seu momento de paz.
Um dos garotos correu para fugir e bateu no braço de Cayle, derrubando seu bolo.
O garoto sentiu uma raiva profunda e com isso, deixou uma pequena corrente sair de seu corpo e rastejar pelo chão como cobra.
Ela se enroscou em suas pernas e derrubou o garoto.
Antes mesmo que Cayle pudesse fazer ou dizer qualquer coisa, um garoto alto o prensou na parede do beco, prendendo seus pulsos sobre a cabeça.
-Olha só o que temos aqui. Que gracinha você, hein? _o rapaz falou com os olhos repletos de luxúria olhando para ele.
Cayle não sabia o que fazer. Não havia intenção assassina direcionada a si, e como ele nunca recebeu nenhuma dose de luxúria sobre si, ele estava apavorado por não conseguir se libertar daquele aperto forte.
Uma das mãos daquele garoto começou a passear pelo corpo dele, apalpando sua cintura, suas coxas e costas.
-Que delícia você... _o maior falou com a voz rouca. _Você me lembra a pessoa na qual eu me apaixonei a tempos atrás... _sussurrou causando arrepios no menor.
Cayle não queria estar ali. Sendo assim, ele usou sua força antes oculta pela neblina formada em sua mente, e empurrou o rapaz desconhecido, afastando-o.
Com esse movimento brusco, seu tapa olho foi exposto, chamando a atenção do maior que rapidamente o puxou.
O olho de Cayle brilhou em roxo e as borboletar rapidamente o cercaram.
-Você!... _o maior exclamou.
-Não! _Cayle gritou em desespero, pegando o tapa olho de volta e usando suas correntes para escalar o muro do beco e desaparecer em um piscar de olhos.
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