Oliver
Algo em Kate está errado, mas não consigo identificar o quê. Me obriguei a rever as filmagens antes de me entregar ao que Conor insiste em chamar de perseguição. Não é realmente perseguição — sou dono do clube e ela é funcionária. Só que eu quase não me envolvo nas operações do dia a dia. Isso é todo o domínio do Conor. Ele detesta vir a esses lugares, mas todos do conselho são donos deles. Nossos clubes noturnos servem principalmente para lavar dinheiro, mas os mantemos também para pesquisa. É a melhor forma de saber o que está acontecendo nas vendas de drogas. Uma forma lucrativa, aliás — cobramos mais pelas bebidas, pelas apresentações e por qualquer coisa que façam as pessoas pagar só para tocar.
Também observamos as gangues de baixo escalão e os aspirantes a mafiosos fazendo acordos. Vemos tudo. Ouvimos tudo. Idiotas não verificam microfones escondidos nas mesas ou câmeras nas paredes. Pegamos os ricos que querem ver e ser vistos, enquanto os outros esperam horas na fila só pela chance de entrar. Mantém nosso clube no topo das listas de Nova York. Claro que competimos com os outros sindicatos. Nada como comprar alguns bots para garantir cinco estrelas. Não é como se eles não fizessem o mesmo.
É por isso que temos filmagem de segurança em todos os clubes. Vi Kate andar pelo corredor até meu escritório e, então, tirar o telefone do bolso. Ela não recebeu ligação, e não parecia mandar mensagem. Talvez tenha visto uma notificação e decidido ignorar. Ainda assim, eu sei o que estava falando naquele momento — e não era algo que alguém de fora da família deveria ouvir. Bandeira vermelha número um.
Katharine McDonnell.
Esse é o nome no requerimento. Ela trabalhou como garçonete em alguns lugares fora da cidade. Morou na Nova Inglaterra, provavelmente durante a faculdade. Sim — Dartmouth. O que diabos alguém com esse currículo está fazendo num lugar como esse? Bandeira vermelha número dois.
Bandeira vermelha número três. Não sou um cara tradicional. Sou terceira geração de um lado e quarta do outro, mas cresci falando gaélico. Aprendi antes do inglês. Meus pais insistem em usar o idioma sempre que estamos na casa deles. O mesmo com meus tios. Eles têm medo que a gente esqueça. Não sei por quê — nós falamos entre nós porque quase ninguém mais fala. Ótimo pra conversas privadas. Será que ela entende nosso idioma?
Meu cabelo ruivo e minhas sardas também. Eles não precisavam reforçar minha origem — não que isso ajude no meu papel.
Ela apresentou carteira de motorista e cartão de Seguro Social. Nada fora do normal. Mesmo a falta de algum documento não costuma nos impedir — mas mantemos tudo equilibrado por questões fiscais. Precisamos ter funcionários legais suficientes para justificar os impostos dos nossos negócios legítimos. Não vamos cair por fiscalização fiscal. Mantemos a fachada limpa, independentemente do que alguns dos nossos clientes trazem nos bolsos.
Três bandeiras vermelhas. Mas nenhuma suficiente para dar o alarme. Ainda assim, vou ficar de olho nela. Com prazer. De bom grado. Ansiosamente. O uniforme dela destaca um par de s***s fantásticos que deixa meu p*u duro como pedra.
É desconfortável pra c*****o ficar duro tanto tempo. Dizem no comercial que, se durar mais de quatro horas, procure um médico — isso quando você toma a pílula azul. E quando é natural? As coisas que eu quero fazer com ela… os lugares onde quero colocar meus dedos, depois minha língua, depois meu p*u latejante… p***a. Só de pensar já me deixa perto de gozar. Se eu estivesse em casa, me masturbaria pensando nela. Mas traço o limite em tirar foto escondido para isso. Ainda assim, é tentador. Ela é tentadora.
Quero uma desculpa para tocá-la — e sei que isso é masoquismo. Apesar de toda essa gostosura, ela precisa ser observada. Bandeiras vermelhas não desaparecem só porque eu estou desesperado para t*****r com ela. Significa que vou me voluntariar para assistir às filmagens mais vezes do que o necessário. Vou ouvir piadas dos caras por isso. Mas, por mais que eu queira meter nela, algo não está certo.
Três semanas de tortura. Pelo menos tive motivos legítimos para vir ao Crystal lake. Sabíamos que daria merda com os albaneses e os poloneses — mas foi o polonês filho da p**a que nos ferrou. Já estávamos preparados, porque a chance deles tentarem era alta. Só torna tudo mais inconveniente. Tive mais reuniões aqui do que gostaria. O lugar é chamativo demais. Frequentadores percebem quando gente mais rica começa a aparecer com frequência, e as línguas se soltam rápido com policiais. E estar perto de Kate me deixou com um caso crônico de p*u duro.
Ela sorri, é sempre educada, mas mantemos distância profissional. Não significa que eu não pense nela. Também não significa que não a peguei me observando pelo espelho do bar enquanto eu passava. Mas nenhuma filmagem mostra ela entrando no corredor de novo. Eu não a convidei, e ela não bisbilhotou. Isso me deixa desconfiado. A maioria dos funcionários tenta pelo menos uma vez entrar no depósito. Faz tempo que ninguém é burro o suficiente para tentar a maçaneta do escritório. Motivo pra demissão na hora. Se for segurança, vira problema no beco. Se for mulher, fica banida de qualquer lugar que possuímos. Quando isso chega aos outros sindicatos, adeus emprego. A informação corre rápido. Temos espiões em todos os lugares.
E, se foi um espião, foi visto aqui hoje de novo. Ou é um infiltrado de outra organização ou temos vazamento interno. Tivemos novas contratações no último mês — não é só a Kate. Descobrimos que alguém está preparando uma matéria sobre nós. A informação não é algo que um funcionário ouviu por acaso. São detalhes antigos combinados com coisas recentes. O Crystal lake ainda está fechado, então tenho nossa equipe vasculhando tudo — móveis, rodapés, teto, cabine do DJ, cozinha, depósitos. Conor está no escritório. Nada apareceu além dos nossos próprios dispositivos. Ninguém invadiu para plantar grampos. Então é alguém enviado por outra organização… ou alguém nosso vendendo segredos a um jornalista.
Estou no depósito com Sean — é praticamente à prova de som. Estaríamos no escritório, mas Conor está revirando tudo. Passo a mão no cabelo pela décima vez em cinco minutos. Deve estar um caos.
— Você é um superdetetive. Não sei como eu sei, mas sei. Descobre que p***a está acontecendo.
— Tenho diploma em segurança nacional e ciência da computação. Não sou Sherlock Holmes.
Podemos falar merda uns dos outros, e todos fazemos isso. Mas nossos pais nos matariam se nos ouvissem usar certas palavras com malícia — e nos dariam um tapa se falássemos assim na frente de uma mulher. Então que se f**a — metade do tempo.
— Considere isso uma violação de segurança nacional. A informação que recebi da nossa fonte no jornal não é suficiente para fazer os federais agirem, mas é condenatória. Não é fofoca de paparazzo. A matéria lista os sindicatos que aparecem aqui e quantas vezes nos encontramos nos últimos três meses. Questiona nossa clientela sem acusar diretamente. Abre espaço para especulação. E investigação.
— Eu li seu texto. Sei o que você disse. Assistimos às imagens de segurança de todos os nossos clubes, não só desse. Verifiquei qualquer violação online. Nada. Hackeei todo mundo, e nenhuma das outras famílias está fazendo mais do que o normal para tentar nos sabotar. Vou reforçar a segurança nas portas dos fundos e colocar mais caras infiltrados na multidão.
As outras famílias — Mancinellis, Morozovs e Diazes — são os suspeitos óbvios, mas, se Sean não encontrou nada, eu acredito. Só significa que ele precisa cavar mais. É como um iceberg — o que aparece é nada perto do que está submerso.
E, para ser justo, Sean é bom no que faz. Os diplomas dele mantêm mais segredos nossos enterrados do que qualquer um imagina. Qualquer coisa que as outras famílias descobriram é só a ponta do iceberg. Ele entende como esconder merda. Se sabe como países escondem programas nucleares, sabe manter nossa empresa familiar privada.
É só quando um ou dois de nós decidem lidar com as coisas sozinhos que tudo explode. Todos sabemos disso. Nada é mais forte do que a família. E estamos todos finalmente na idade — e tempo suficiente nisso — para saber que nada dá certo quando agimos por conta própria. Quer eu sancione ou não, projetos que não fazemos juntos vão para o inferno. E é por isso que estamos trabalhando para encontrar o espião ou o vazador.
— Isso tem que continuar sendo uma prioridade. Esse artigo não vai se materializar do nada. Essa pessoa já sabe bastante ou está ativamente buscando mais. Não precisamos de atenção. Está claro que isso não é sobre nós sensacionalizar. É sobre nos arruinar.
— Oliver, você não está dizendo nada que já não saibamos. Onde você está nas investigações mais profundas sobre as verificações de antecedentes de todos?
— Estou avançando. Comecei por qualquer pessoa que não fosse da nossa comunidade e que começou a trabalhar para nós no último ano. Precisamos ser mais rigorosos. Deixamos muitos forasteiros entrarem. Vamos ficar apenas com as famílias que conhecemos. Chega de “parece irlandês o suficiente”.
— Kate?
Quero arrancar o sorriso do rosto dele. É o mesmo que Sullivan me deu na noite em que conheci Kate. Isso me irrita em qualquer pessoa. Me faz querer socá-los. Especialmente quando estão juntos. É uma sorte que eu os ame.
— Sim. Katharine MacDonnell é um ótimo nome, mas ela não é uma de nós.
— O que você aprendeu sobre ela?
— Nada ainda. Ela está aqui há apenas três semanas. Duvido que saiba o suficiente para ter fornecido ao repórter o que dizem que vai sair na matéria. Não vou descartá-la, mas ainda não a coloquei na minha lista.
— Você sempre pode perguntar por aí sobre ela. Um pequeno empurrão acelera as coisas.
Lanço um dos meus olhares para o meu primo: rosto completamente inexpressivo, exceto pelos olhos. Eles perfuram. Se fosse qualquer um fora da família, isso os faria se contorcer. Nele, só faz o sorriso se abrir mais.
— i****a.
— Mas eu não estou errado, estou? Se não for nada, então você tem alguém com quem se divertir.
— Você a faz parecer um filhote de cachorro novo. Eu não namoro. Você não namora. Nenhum de nós namora. E duvido que ela seja o tipo de mulher que frequenta um daqueles clubes.
Um clube b**m. Um dos nossos segredos mais bem guardados é que somos investidores silenciosos em vários deles em Nova York. Não apenas em Manhattan, mas em todos os bairros. Ninguém amarra ou é amarrado sem que saibamos. Tem sido útil conhecer as inclinações de vários funcionários municipais — até estaduais. É ótimo saber onde os membros de outros sindicatos vão t*****r e no que estão envolvidos. Não é uma alavanca que usamos abertamente, mas nos dá muitos insights. Também nos ajuda a controlá-los. A propriedade silenciosa ainda nos garante acesso às listas de membros, às filmagens de segurança, e temos mestres de masmorra, amantes e bartenders na nossa folha de pagamento — não registrada, claro.
— Pergunte e descubra.
— Não. Eu não transo com funcionárias. Eu não namoro. E não estou pedindo para uma mulher qualquer me deixar amarrá-la e f***r sua b***a. Já chega.
Ele ri. Sabe que a maior parte disso é verdade. Também sabe que eu não recusaria — hipoteticamente, já que isso nem vai acontecer — a chance de t*****r com ela de qualquer jeito que puder. Mas, como eu disse: não transo com funcionárias. E eu não namoro.
— Sensato. Você gosta dela.
É.
— Como eu me sinto é irrelevante agora. Precisamos descobrir quem está vazando.
— “Como você se sente é irrelevante.” — Ele bufa. — Isso não é uma negação. Sério...
Para o bem dela, espero que esteja limpa.
Eu também. Não posso fazer as coisas quentes que quero fazer com ela, mas também não quero ferrar com a vida dela. Não quero demiti-la. Também não quero dificultar que consiga outro emprego na cidade. Mas farei isso.
— Só cave mais um pouco, ok?
— Claro. Vamos ver se Sullivan encontrou alguma coisa. Se não, vou trabalhar no escritório. Vou colocar os rastreadores rodando nos celulares de todos.
Nós rastreamos nossos inimigos 24 horas por dia. A única vez que não podemos rastreá-los é quando vão para o “lugar” deles. Cada Organização tem um. É onde cuidamos das partes desagradáveis do nosso negócio. O lugar de onde só sai quem deixamos sair. Sabemos exatamente onde a Bratva, o Cartel e a Cosa Nostra lidam com suas coisas. Todos desligam seus GPS cerca de cinco milhas antes de chegarem lá. Não querem ser rastreados. Mas hábitos dizem tudo. Percorrer o raio de cinco milhas de toda a circunferência significa que você pode localizar a garagem abandonada que a Cosa Nostra usa, o armazém da Bratva e o porão da bodega fora do mercado que o Cartel usa. Nenhum deles está no registro da cidade, o que torna mais fácil localizar quando você encontra um prédio onde não deveria haver nada — ou ninguém entrando e saindo.
Eles acham que temos um depósito no Queens, onde os outros têm seus lugares. Todos nós crescemos naquele bairro. Acham que usamos uma fachada de loja que a Bratva explodiu. Não. Nunca. Guardamos nossas coisas no Bronx e em Staten Island. Os dois lugares menos prováveis — e é por isso que estão lá. Nosso lugar no Bronx é o nível subterrâneo de uma estação ferroviária abandonada, mas qualquer coisa que precisamos manter fora da vista vai para o porão de uma casa em Staten Island. Isso inclui pessoas que precisamos manter vivas até podermos levá-las para o Bronx. Transportar é arriscado, mas às vezes é o melhor.
Trago meus pensamentos de volta enquanto continuo a falar com Sean.
— Para esse tipo de merda, preste atenção no Sergei e no Anton. Tenho a sensação de que são eles. Carmine é um filho da p**a intrometido, e as habilidades de hacker do Enzo são tão boas quanto as de qualquer um das famílias. Mas isso cheira a Bratva.
— E se for?
— Plantamos informações que todas as três famílias possam encontrar e vemos quem confirma. Depois seguimos quem for ligado a eles e os pegamos se se encontrarem com a Bratva. Sei que pode ser Jorge, Joaquin ou Javier, mas não acho que seja. Estão ocupados transando com as Mancinellis e ouvi dizer que a tia deles tem câncer. Eles só conseguem focar em uma coisa de cada vez. Idiotas. Quando soubermos quem é, marque uma reunião que os traga até nós. Quero que eles venham até nós, não que os persigamos. Fode mais com a mente quando você acha que está se safando, só para acabar na porta do seu inimigo.
— E seus planos de contingência? Porque eu sempre os tenho.
— Se ninguém confirma o que estamos plantando, procuramos quem anda nos evitando. Quem troca de turno, quem de repente não quer trabalhar no canteiro de outra família, quem para de ir aos nossos bares ou clubes. Se ninguém confirma, plantamos coisas bem na frente das outras famílias e vemos a quem elas vão. Se não temos ninguém para seguir, então atraímos as outras famílias. Atrair Anton e Sergei com informação é o que eles querem.
Explodimos algo — literal ou figurativamente — que faça Anton, Sergei ou seja lá quem for rastrear esse filho da p**a. De um jeito ou de outro, vamos descobrir quem fez isso. Se não conseguirmos que o informante venha até nós, damos a ele uma sombra longa o suficiente para ficar paranoico antes de pegá-lo. Ou invadimos o lugar deles no meio da noite, drogamos e levamos para afogar no rio lá embaixo.
Temos armazéns lá. Perdemos alguns por causa do meu primo maluco — que já não está vivo para comandar nosso sindicato. Mas temos mais. Sempre temos mais. Nunca comprei um prédio sem comprar mais dois de reserva. E, como é a gente, geralmente levamos três pelo preço de um.
— Que tipo de coisa você quer que eu plante?
É aí que o Sean se destaca. Se não fôssemos quem somos, ele poderia ter trabalhado para a NSA ou sido espião do Departamento de Estado ou da CIA. Mas a família vem primeiro. Precisamos dessas habilidades. Até colocamos gente no NYPD, FBI, DEA, ATF... mas segurança nacional? Eles nem deixariam a gente respirar no estacionamento deles.
— A merda que queremos fazer com o Enzo em Chicago, com os Rizzos e os Grassos. Faça acontecer mais cedo. Nosso informante em Chicago não está só nos dando informação. Você sabe que plantamos ele para a Bratva e a Cosa Nostra acharem que ele trabalha para cada um deles. Ele conta para a Bratva ou para a Cosa Nostra...
...que o Enrique tem um cara com os Rizzos, passando todas as informações para o Cartel. E tem mesmo.
— Você pensa que o nosso cara é realmente nosso cara? Você acredita que ele é leal?
— Não. Não precisamos que ele seja, porque vamos aprender ainda mais se ele não for. De qualquer forma, também precisamos dos Diazes gritando com o FBI o suficiente para tirar os federais da nossa cola pelos desaparecimentos do O’Rourkeem Trenton.
Usamos nosso cara para armar para o filho da p**a do Diaz contar ao Enrique que o Maks sabe das drogas que ele quer trazer pelo Novo México. Esse carfentanil vai matar alguém de qualquer Organização que esteja traficando. Pelo menos um soldado a menos para lidar — e quando morrerem, vamos saber quem recebeu a remessa.
As coisas complicam rápido com quatro grandes famílias comandando essa cidade. Sean fala em voz alta:
— A Bratva e a Cosa Nostra descobrem sobre o cara do Enrique em Chicago. O Cartel descobre que a Bratva sabe do interesse deles no carfentanil.
— Sim. Mas não atrapalhe isso. Vamos jogar todo mundo uns contra os outros. Quero ver para quem nosso informante vai primeiro, já que são informações valiosas que a Bratva, o Cartel e a Cosa Nostra pagariam para ter. Para quem ele for primeiro é para quem ele realmente é leal. Mas ele pode tentar os outros por dinheiro.
— Você precisa descobrir. A gente não tem recurso para acompanhar cem pessoas que trabalham para nós e que podem estar envolvidas.
Sério, Sherlock. É por isso que eu te lembro que já estou no topo disso.
— É por isso que estou trabalhando do mais antigo para o mais novo em todos os nossos negócios. Estamos assumindo que pode ser qualquer um contratado nos últimos meses. Então estamos filtrando da primeira contratação até a mais recente.
— O que significa... Kate.
— E daí?
— p***a, Oliver, qual é? Vai doer, mas pelo menos admite que você está com ela.
— Qual o sentido?
Sean revira os olhos.
— O ponto é parar de mentir para mim e para todo mundo, quando todo mundo já viu.
— Imaginação hiperativa, porque obviamente você não tem o suficiente para fazer.
— p***a nenhuma. Todo mundo tem coisa para fazer. Mas a gente também se conhece como a si mesmo. Se você não estivesse com ela, então algum de nós provavelmente estaria.
Me esforço para não reagir com nada além de um encolher de ombros desdenhoso.
— Podemos continuar com isso?