O Extraordinário

Poder

Uma TV velha estava ligada no telejornal da cidade, que naquele momento passava uma reportagem perturbadora:

"- O g***o auto-intitulado de Os Purificadores, está causando a maior comoção por algumas áreas de Pilgrim. Eles são responsáveis por centenas de assassinatos em vários locais na cidade. O líder deles, Patrick Sandim, deixou um recado grotesco em uma das cenas de crime encontradas pela polícia, uma mensagem pintada com sangue numa parede que dizia: "Não existem limites."

Um homem amordaçado em uma cadeira e com um saco na cabeça ouvia aquela reportagem completamente assustado, até que a foto de Patrick apareceu, era um homem magro, pálido, com cabelos longos e brancos e olhos fundos. A aparência dele deixava claro o grande maníaco que ele é.

- De tantas fotos, eles pegaram justo a do meu pior ângulo. - alguém falou.

O homem com o saco na cabeça começa a tremer, até que alguém retira o saco da cabeça dele e sussurra em seu ouvido:

- Você não acha, Senhor Sandim?

Logo aquela pessoa deu a volta, ficando frente a frente com o homem amarrado. Era Patrick Sandim, com um olhar psicopata.

Desesperadamente o homem amarrado começa a se debater, e Patrick agachou na frente dele, tentando acalmá-lo:

- Acalme-se, Silas Sandim, acalme-se. Nós estamos apenas começando.

Ele fazia um cafuné nos cabelos do homem, e então arranca a fita da boca dele com força, e Silas começa a respirar melhor.

- Um homem se aproximando dos seus cinquenta anos, mas ainda tem muito vigor. Meus capangas tiveram problemas em te s********r, Silas. Vamos fazer assim então: você coopera com a gente e eu prometo não te machucar mais do que o necessário.

Silas Sandim tem pele clara, cabelos pretos e bagunçados, e olhos azuis.

- Você enlouqueceu, Patrick?!

- Eu não chamaria isso de enlouquecer, eu diria que eu fui... iluminado! Iluminado pelo conhecimento infinito, isso é uma coisa boa.

- m***r inocentes é uma coisa boa?

- Inocentes? Não vejo nenhum sinal de inocência naquelas pessoas que eu matei.

- Você ficou completamente louco. - Silas riu de nervoso.

- Não foi pra isso que te trouxe até aqui, querido titio. - Patrick abriu um sorriso medonho.

- O que está esperando? Vá em frente, me mate.

- Talvez eu faça isso, quando concluir a minha missão. Você tem algo que eu preciso, e eu vou conseguir isso por bem ou por m*l, é você quem decide.

- O que você quer?

- A localização do livro de Syamar.

Silas Sandim começou a suar frio quando ele disse isso.

- Syamar? O que é isso?

- Não se faça de i****a, tio. Você vai sair prejudicado se continuar testando minha paciência.

- O Syamar não é pra você, Patrick.

- Muito pelo contrário, ele foi criado justamente pra mim. Com aquele livro eu vou ter o poder absoluto em minhas mãos.

- Eu nunca permitiria isso.

Patrick abre seu sorriso medonho novamente, mas dessa vez as pupilas dele começam a brilhar em vermelho escarlate, e isso deixa Silas horrorizado.

De repente todos os ossos das pernas de Silas começam a se quebrar um por um, e ele grita desesperadamente em agonia.

- Você está sentindo, não tá? Será que vai me levar a sério agora? - Patrick fala bem próximo ao rosto dele.

Silas não parava de gritar sentindo uma dor e uma agonia enorme. Até que Patrick se cansa dessa gritaria e simplesmente restaura todos os ossos da perna de Silas com um simples gesto de mão.

Perplexo, Silas mexe as pernas e para de sentir dor, elas voltaram ao normal, como se nunca tivessem sido quebradas.

- Isso foi só pra você entender que eu não tô brincando. - avisou Patrick.

Silas treme de medo olhando pra ele.

- Só me dê o que eu quero, e você está livre pra voltar pra sua vida filantrópica e sem graça.

Mas o homem estava estático, ele não conseguia dizer uma palavra, e Patrick perde a paciência, então se aproxima do rosto dele e diz:

- Eu poderia te torturar até você falar, mas também poderia reduzir essa cidade a nada mais que cinzas, o que seria até a opção mais empolgante pra mim. Quem sabe até fazer você reviver os seus piores pesadelos por séculos dentro da sua própria cabeça. - ele tocou com o dedo indicador na testa de Silas.

- T-Tudo isso é por causa do que aconteceu com seus pais? - Silas se atreveu a falar.

Patrick se afastou dele e ajeitou o terno, então fez um sinal com a mão, chamando alguém. Um brutamontes chegou por trás de Silas, é um homem n***o e muito musculoso, a estatura dele era fora do comum, maior do que qualquer pessoa.

- Louis, leve o senhor Silas Sandim pro local certo. Talvez se ele apreciar nosso próximo show, ele vai ficar mais disposto a cooperar. - ordenou Patrick.

O brutamontes acatou a ordem e levantou Silas pela cadeira, e foi andando com ele pra fora daquela sala.

Patrick os acompanhou, e eles chegaram até um salão de galpão enorme, com vários capangas pra todo lado, e eles comemoram ao ver Patrick entrar.

- Boa noite, senhores! - disse Patrick com animação.

Todos dão um grito e batem palmas.

- Espero que tenham gostado do presente, vocês podem ficar com todo o dinheiro que roubamos do banco.

Os capangas comemoraram com malas e mais malas de dinheiro aos pés deles.

- Aproveitem para descansar.

E então Patrick foi até uma mesa no canto com o brutamontes seguindo ele com Silas Sandim amarrado na cadeira e gritando por socorro enquanto os capangas riam e faziam zoavam com a cara dele.

O brutamontes passou reto por uma porta enquanto Patrick ficou em sua mesa no salão, e se senta com uma cara de extrema insatisfação.

Um dos capangas se aproxima e pergunta:

- Já temos a próxima localização, chefe?

- Quando houver alguma localização, eu vou avisar.

- Sim, senhor.

Patrick bufa e diz:

- Isso não está certo tudo indicava que o Livro de Syamar estaria naquele banco. Eu não tenho ideia do que deu errado.

- Vamos encontrá-lo na próxima senhor, eu tenho certeza.

- Tá. Tá. Tá. Agora me deixe sozinho, preciso pensar um pouco. - Patrick faz um sinal com a mão e o capanga se retira.

Esse capanga foi até um canto onde alguns capangas estavam reunidos e diz:

- Ele tá irritado.

- Deve estar mesmo, ter que s********r o próprio tio para ter a localização de um maldito livro. Aposto que ele não contava de ter que chegar tão longe pra conseguir alguma coisa.

Um dos capangas riu e disse:

- d***a, por um instante, eu já tava pra meter uma bala na cabeça dele lá no banco mesmo. Quando ele abriu aquele livro, achei que fosse tarde, mas felizmente ou infelizmente, não tinha nada escrito lá.

- Você tá mesmo levando a sério essa história de roubar o Livro de Syamar dele a sério, Evan?

Evan riu de novo e ofereceu:

- Tá afim de se juntar a nossa trupe? Vamos apunhalar Patrick pelas costas quando ele não estiver esperando e vamos tomar o poder do livro para nós. Afinal, ele nos ilude nos dando bilhões de dólares para cada um quando na verdade ele é que vai ter a verdadeira riqueza nas mãos.

Os capangas se entreolham e depois olham pro capanga que perguntou para Evan, e ele responde:

- Parece uma festinha interessante, eu tô dentro. Mas vamos dividir o poder igualmente, certo?

- Claro, igualmente. Nós juramos. - disse Evan.

Eles riam e cochichavam entre si, sem saber que Patrick os olhava de longe com um sorriso s****o no rosto e os olhos brilhando em vermelho.