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1558 Words
Sua paixão é o combustível para as histórias! Vote, comente, compartilhe e juntos construiremos um futuro incrível para este livro. Estou ansiosa pelo feedback de vocês bjs pelo que notei no Feedback do app, a quantidade de visualizações e votos nesse livro batem, então vou postar! mas não esqueça dos comentários!! ajuda a saber se a história é boa e se devo continuar! Sofia "Mas Mamis...", tentei protestar, a voz trêmula, quase um sussurro de desespero. "Sem 'mas', Sofia. É um trabalho simples, servir bebidas e petiscos. Não faça drama", ela interrompeu, os olhos frios e calculistas como pedras de gelo. "Eles pagam muito bem, e você precisa do dinheiro, não precisa?" A verdade era um nó apertado em meu peito, uma dor lancinante que ecoava a cada conta a pagar, cada remédio essencial para a minha mãe. "Tudo bem", murmurei, resignada, a voz quase inaudível, engolida pelo barulho distante da música. "Ótimo. Agora, suba. Eles estão esperando", Mamis disse, um sorriso forçado nos lábios finos, me dando um empurrão leve, mas firme, em direção ao elevador privativo. Com um nó na garganta, me movi como uma marionete em direção à porta de metal escovado, que exalava uma aura de exclusividade sombria. A cabine, revestida em couro cor de ébano e com espelhos fumês que distorciam meu reflexo ansioso, subiu suavemente, me afastando do burburinho vulgar do salão principal. A cada andar que subia, a música alta se tornava mais abafada, substituída por um silêncio tenso e opressor, um vácuo carregado de expectativas sinistras. As luzes coloridas e frenéticas do salão deram lugar a uma iluminação suave e discreta, emanando de arandelas de cristal e abajures com cúpulas de seda cor de vinho, que revelavam um ambiente luxuoso e intimista, onde o dinheiro parecia ter comprado o próprio ar. As portas do elevador se abriram com um suave clique, revelando um corredor longo e silencioso, com paredes revestidas em painéis de madeira escura e lustrada, adornadas por quadros abstratos de cores sombrias e molduras douradas. As portas de madeira maciça que ladeavam o corredor pareciam guardar segredos inconfessáveis, escondendo as salas VIP como cofres de desejos proibidos. Um ar de mistério e perigo pairava no ar, denso e palpável, e eu me senti como se estivesse entrando em um covil de animais selvagens, um lugar onde as sombras dançavam com a promessa de violência e exploração. Homens armados, com ternos impecáveis que não conseguiam disfarçar a brutalidade em seus olhares frios e expressões impenetráveis, faziam a segurança do lugar, patrulhando o corredor com uma vigilância predatória que me fez engolir seco, a garganta apertada pelo medo. Seus movimentos eram silenciosos e calculados, como felinos à espreita. Assim que abri a porta da sala VIP, o ambiente me envolveu como uma névoa densa e opressiva. A escuridão era cortada por filetes de luz roxa que escapavam de luminárias estrategicamente posicionadas, lançando sombras alongadas e distorcidas nos rostos dos homens, acentuando suas feições duras e calculistas. O cheiro de fumo caro, misturado ao aroma forte e adocicado de bebidas destiladas e um toque amargo e indefinível, impregnava o ar, sufocante e nauseante. Incapaz de levantar os olhos, continuei fixando o chão, observando a coloração escura e o brilho lustroso dos sapatos de couro preto que se espalhavam pelo ambiente, alguns reluzindo sob a luz tênue, outros ocultos nas sombras profundas. Parecia haver seis homens no total, a julgar pela disposição dos calçados, cada par emanando uma aura de poder e perigo que me deixava paralisada, como um animal acuado. "Ora, ora... O que estou vendo...", uma voz rouca e carregada pela idade, com um timbre gutural que parecia arranhar o ar, ecoou pelo ambiente, fazendo um arrepio percorrer minha espinha. Deduzi que pertencia a um senhor de idade, um dos homens sentados em um sofá de veludo preto, suntuoso e desgastado pelo uso. "Venha, criança, encher o meu copo...", ele ordenou, a voz arrastada e impaciente, e eu, hesitante, levantei o olhar, encontrando um homem grisalho, com rugas profundas que emolduravam um rosto marcado pelo tempo e pelos vícios, e olhos pequenos e frios que carregavam a frieza implacável do tempo. "Vamos, pequena, não mordo...", ele disse, um sorriso c***l brincando em seus lábios finos, revelando dentes amarelados. Eu sabia o que suas palavras carregavam, a promessa de um perigo disfarçado de gentileza, mas não pude evitar o pensamento sarcástico: "Não morde porque perdeu os dentes, velho gagá!", mesmo com esse insulto mental, a tensão não diminuiu. Peguei a garrafa de uísque de cristal no bar improvisado, repleto de garrafas importadas e taças reluzentes, e me aproximei dele, despejando o líquido âmbar em seu copo com mãos trêmulas, temendo derramar sequer uma gota. Eu sentia minhas costas queimarem sob o olhar fixo e avaliador dos outros homens, como se fosse um pedaço de carne sendo inspecionado. Quando o homem ao lado do velho, um sujeito corpulento com um anel de ouro maciço em um dos dedos, tentou aproximar suas mãos de mim, roçando de leve minha cintura, me afastei bruscamente, e a acompanhante que estava com ele, uma mulher loira com um vestido vermelho apertado, sussurrou algo em seu ouvido, o que o fez sorrir com malícia e dar uma tragada longa em seu charuto cubano. Estava tão nervosa que m*l percebi a presença de outras duas mulheres no local, ambas sentadas em poltronas de couro, com olhares entediados e expressões cansadas, como se aquela fosse apenas mais uma noite em um ciclo interminável. Aparentemente, eu era a única ali designada para servir. "Querida, por que não se senta? Aqui está vago...", um dos homens propôs, apontando para o espaço ao seu lado em um divã de seda roxa, com um sorriso puxado no rosto, levantando a sobrancelha em um convite indecente. "Não é nada confortável com esses saltos, posso dar uma massagem, se desejar." Eu me sentia como um hamster encurralado em uma gaiola de ouro, cercada por predadores famintos que desejavam me tocar, me possuir, me consumir. "Estou... bem...", respondi com um fio de voz, tentando manter a compostura, mas sentindo o pânico me paralisar por dentro. "Como? Fala tão baixo...", ele se aproximou, invadindo meu espaço pessoal, o cheiro de álcool e perfume caro me enjoando. Antes que pudesse completar sua frase, um pigarro alto e seco ecoou pelo ambiente, vindo do homem que estava sentado no centro da sala, em uma poltrona de couro preto que parecia um trono, e eu me afastei rapidamente, voltando para o meu posto improvisado ao lado do bar, buscando refúgio atrás do balcão. "Como ficou a respeito da barata que trabalhava para você, Patrone?", perguntou um dos homens que ainda estava calado, observando a cena com olhos estreitos, a voz carregada de veneno e uma ponta de escárnio. "Como?!...", o velho que havia falado comigo engasgou de surpresa, o rosto antes pálido agora vermelho de raiva, veias saltando em seu pescoço. Corri até ele, peguei um guardanapo de linho e seu copo, e o entreguei, tentando acalmá-lo com gestos rápidos e nervosos. Em seguida, peguei uma garrafa de água mineral gelada na geladeira embutida no bar, abri e a ofereci. "Olha só... uma que realmente trabalha... isso é novidade, obrigada, menina", ele disse, com um tom um pouco mais amigável desta vez, embora ainda carregado de impaciência, e eu retornei ao meu posto, aliviada por um breve instante. "Achei que nunca veria um Patrone ser enganado...", outro homem zombou, soltando uma risada baixa e gutural, e a tensão voltou a preencher o ambiente, densa e cortante. "Não quero saber o que acha... irei matar ele e minha tia por tentar me passar a perna... junto com toda sua descendência...", o homem no centro da sala disse, a voz arrastada e fria como gelo, cada palavra carregada de ódio e uma promessa sombria. Ouvi o som de vidro se estilhaçando em algum lugar da sala, um prenúncio de violência iminente. "Não precisa vir...", ele completou, e um calafrio percorreu minha espinha. Aqueles homens eram perigosos, cruéis, capazes de qualquer atrocidade. "Sabe como atingi-lo?", perguntou o homem que estava com a acompanhante, os olhos fixos no homem no centro da sala, um sorriso maquiavélico nos lábios. "...talvez... talvez eu saiba... como atingir...", a forma como ele disse aquelas palavras me arrepiou até a alma, como se ele estivesse olhando diretamente para mim, avaliando minhas fraquezas, meus medos mais profundos. "Me dê outro copo...", ele ordenou, a voz agora rouca e imperiosa, e não havia espaço para questionamentos, apenas a obediência cega. "Quem diria que os humildes seriam mais educados... parece que quanto mais dinheiro tiver, menos educação se tem!", pensei, amarga, enquanto me aproximava dele, mantendo o olhar fixo no chão de madeira nobre, tentando me proteger daquela atmosfera opressiva. Eu não queria lembrar que estava ali, cercada por aqueles homens, quanto menos eu os visse, melhor. Assim como os outros, ele estava quase deitado em um sofá de veludo preto, a postura relaxada contrastando com a tensão palpável no ar. Entreguei o copo de cristal e servi sua bebida, sentindo seu olhar percorrer meu corpo, da cabeça aos pés, como se me despisse, me despojasse de toda a minha dignidade. Antes que eu pudesse me afastar, sua mão agarrou minha coxa, apertando-a com força, o toque possessivo me fazendo entrar em pânico, o medo me paralisando por um instante. Insta- fofybii
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