CAPÍTULO 2 - ANA

1306 Words
Bebi mais um pouco do vinho e dei um suspiro, encarando a camisola azul que pegava até a metade da minha coxa, mas sentada parecia uma blusa. Estava fazendo um frio lascado por conta da chuva e eu só pensava em colocar um moletom e poder beber um chá quente ou um macarrão quente com legumes. Me levantei da cama e puxei o roupão, pegando o vinho e saindo do quarto, no exato momento que parei na sala de entrada a porta se abriu e logo Charlles se colocou para dentro, escorria água por toda camisa branca e dava para ver as tatuagens por baixo, ele entrou e foi tirando tudo do bolso e depois tirou a gravata e a camisa social e desviou duas sacolas próximas a roupa, enquanto eu fiquei paralisada no lugar. Havia planejado isso a semana toda, continuando o que comecei antes. Quando ergueu o olhar me viu e deu um sorriso. - Está forte a chuva – Eu me aproximei e tire o roupão e por um segundo eu nem pensei muito e fiquei com vergonha, mas quando ele olhou para mim, vi a surpresa no seu olhar, a mesma, exatamente igual a noite passada. - Uau – Foi a única coisa que falou e logo se abrigou com o roupão e se desfaz das calças molhadas e colocou junto com as roupas ao lado. - Trouxe Yakisoba, não sei se você comeu algo, trouxe o suficiente – Ele pegou as sacolas e caminhou direto para cozinha, deixando tudo na mesa. - Está bebendo? - Para esquentar – Ele me olhou e depois deu um ar de deboche pelas roupas que eu estava usando, do tipo, se está com frio, cubra-se! - Vou tomar um banho – Antes dele sair eu alcancei seu braço. - Podemos conversar? - Ele me olhou, ergueu a mão e passou pela mandíbula e balançou a cabeça. Eu soltei seu braço e comecei a caminhar atrás dele. Ele entrou no quarto. - Não está fácil pra mim. - Imaginei olhando para você – Eu mordi a ponta da língua com força. - Ontem não nos falamos e não aconteceu o que eu planejava… - Ana não seja um robô, lide com isso com naturalidade – Ele retirou a camisa e se virou para mim, vi o corpo úmido e as tatuagens, ele deu dois passos para frente e pegou o meu braço, passando as pontas do dedo sobre o hematoma. - Como está hoje? - Muito melhor, obrigado – Ele sorriu e deslizou os dedos até meu quadril, erguendo a camisola até acima do meu quadril. - Essas já estão sumindo – Sorri envergonhada e olhei para o teto, sentindo ele soltar a camisola azul e me dar as costas. - Quer falar agora? - Ele entrou no closet. - Quero que você me toque, como eu fiz com você – A voz saiu alta para que ele escutasse bem, eu me sentei na ponta da cama e fiquei olhando para a varanda e vendo a chuva cai forte. Assim que ele saiu do closet ele não me olhou de imediato, mas logo se aproximou jogando uma calça de moletom cinza sobre a cama. - Tocar você? - A voz dele veio bem tonalizada e notei que ele estava de costas, retirando o relógio do pulso. - Sim. - Agora ficou claro a roupa – Escutei uma risada baixa e depois ele se colocou ao meu lado, se sentando na cama, vi as pernas sem nada e vi que ele estava quase nu. - Como faço isso? - Com as mãos – Olhei para o rosto dele. - Eu preciso saber como vai ser, antes de… você entendeu. - Tocar você – Ele repetiu baixo e depois pareceu pensativo. - Como você fez comigo – Charlles deu um suspiro. - Tira sua roupa, você vai tomar banho comigo. Naquele momento algo dentro de mim parou. - Banho? - Sim, isso te incomoda? Não vamos fazer nada, mas vamos ver um ao outro, assim você tira seu medo de mim de uma vez. - Eu terei que ficar nua? - Banho geralmente e sem roupa – Eu me levantei. - Está bem, eu vou fazer isso – Por um tempo a ideia ficou clara, mas quando ele se levantou e eu olhei para ele todo e para a boxer que ele vestia me bateu o velho medo. - Eu só tenho que organizar meus pensamentos. - Você não é um robô, relaxa Ana Luiza – Ele caminhou para o banheiro. - Se quiser faça isso ou me espere sair para fazer o que você me pediu. A voz dele se calou assim que ele entrou no banheiro, segundos depois escutei o barulho da água, aquilo fez um salto dentro de mim, quando me aproximei da porta eu puxei a camisola para cima, senti um ventinho nos meus s***s e deslizei a calcinha, ficando nua. Fechei os olhos com força e falei várias coisas de motivação para acalmar meu interior, quando terminei entrei no banheiro e vi o espelho do boxe aberto e vi também a silhueta dele, com os músculos dos braços contraídos enquanto ele passava as mãos no cabelo. O boxe era grande e caberia até quatro pessoas numa boa, então caminhei e senti as gotas de água quente nas minhas pernas, quando entrei, Charlles se virou e ele me olhou de cima a baixo, dando um sorriso e dando um passo para trás, dando um espaço para mim e me permitindo entrar na ducha e sentir a água quente. - Você é linda – A voz dele se tornou presente e molhada, a água escorria pelo seu corpo e rosto, os cabelos molhados estavam mais escuros e os olhos pareciam brilhar ainda mais, quando meus olhos passearam pelo corpo, eu notei que a água deslizava rápida e vi ele pelado. Era uma tromba que estava grande e dessa vez não apontava para baixo como da vez que vi ele nu. O que ele tinha feito? Não estava desse tamanho não, dá outra vez estava… eu volto a olhar para seu rosto assustada e sinto minha cabeça girar. Era uma ereção. Charlles estava tendo uma ereção, eu tinha certeza. - Você está pálida, mas suas bochechas estão vermelhas – Senti a mão dele no meu rosto e senti a onda elétrica invadir meu corpo, ergui minhas mãos e cobrir meus s***s. - Não tenha vergonha do seu corpo, você é linda demais para se esconder, eu estou surpreso com sua coragem. - Achou que eu não entraria? - Achei – Fala sincero. - Mas você é determinada quando quer, mesmo que seja algo difícil para você – O polegar dele passeia pela minha bochecha. - Agora que está aqui pode olhar como eu sou, eu sou isso Ana Luiza, por baixo da roupa eu sou isso, você não precisa ter medo de mim, eu sou como você, sou de carne e osso, não tenha medo de mim ou do meu corpo – Quando ele falou corpo eu entendi a referência e pisquei surpresa. - O que quer fazer agora, Ana Luiza? - Você precisa me tocar. Ele se aproximou e a outra mão alcançou meu rosto, segurando, o polegar alcançou minha boca. - Você vai querer isso Ana, entendeu? Não porque eu preciso, talvez sim, mas também porque você quer, fui claro? – Eu balancei a cabeça e logo senti a boca dele. Quente e molhada. AVISO - Mais um capítulo fresquinho pra vocês (finalmenteeee), para ficar por dentro adicione o livro na biblioteca, comente sempre nos capítulos para eu poder saber o que vocês acham do livro e deixe o seu voto maravilhoso ou me sigam para receber novidades e atualizações. Até amanhã com mais um capítulo fantástico. Att, Amanda Oliveira, amo-te. Beijinhos. Hehehehe até
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