Bárbara narrando - continuação — foi quando os moleques da boca que chegaram no ginásio. Vieram direto me buscar. Quando eu vi, já tava no carro. Eles não falavam nada. Só falavam “entra, Bárbara, entra”. E eu fui. Desesperada. No caminho, eu já sabia. Meu coração já sabia. E quando a gente chegou no hospital, eu vi minha mãe com o uniforme de trabalho ainda, ajoelhada no corredor, desesperada. E meu irmão… ele tinha tomado um tiro na coluna. Ficou tetraplégico. Desde então… tudo mudou. As mãos do Muralha apertavam a long neck na mão dele quase a estourando. O maxilar dele parecia travado, e ele olhava pra mim como se quisesse entrar na minha lembrança e arrancar cada desgraça dali. — Eu tive que parar de competir. Minha mãe teve que largar o emprego. Eu virei chefe da casa. Passei a t

