Episódio 3

1008 Words
Pavel me puxou para mais perto dele, queimando o meu rosto com a sua respiração irregular. Fechei os olhos, ouvindo as palavras do cara lento. Não posso dizer que era fã de “Armagedom”, não gostava nada de filmes de desastre, mas esta banda sonora sempre foi parte integrante das discotecas escolares. E a minha música com Arte. Só agora ficou claro que ela canta amor num cenário de desastre. Quão simbólico. Pavel me segurou com força. As suas mãos se moveram da minha cintura para meus quadris e sua respiração pousou no meu rosto corado. Em vez de nos distanciar, me movi sensualmente, sentindo a pulsação da música por todo o meu corpo. Quando Levitsky começou a pressionar a sua virilha contra mim muito abertamente, tentei me afastar um pouco, mas o homem não me permitiu fazer isso, sussurrando com voz rouca. — Onde você está indo? — É só uma dança. Você não deveria ser tão para frente. Respondi friamente. — Debaixo da sua saia tem algo que procuro há muito tempo. — O que você disse? Eu murmurei, sem esconder o meu ceticismo. — Passagem secreta para a China. Basta abrir as pernas e faremos uma viagem vertiginosa. Você vai voar comigo, querida? — Hmmm. Já te disseram que você é um completo idi*ota, certo? Suspirei, olhando de soslaio para o casal dançando ali perto. Com a cabeça apoiada no ombro de Arte, a loira ronronava algo no seu ouvido. Mordi o lábio, observando o quão possessivamente o meu primeiro homem a embalou nos seus braços. — E mais uma vez. O idio*ta continua. — Querida, eu sei o que é fazer um se*xo maravilhoso, e não apenas brincar nos lençóis! Estremeci quando os seus dedos tocaram a curva do meu pescoço, puxando levemente a pele. — Isso não é nem se quer um flerte, mas uma besteira! Movendo-me para a música, não consegui desligar os meus pensamentos. Eles continuaram correndo para o traidor Arte. — Besteira? Talvez estilo cachorrinho então? Pavel sussurrou e se aproximou ainda mais. Que absurdo total. Parece que este idi*ota vai acabar com todos os meus nervos, se ainda sobrar algum. — Talvez você devesse visitar um psicoterapeuta? Observei com dor enquanto o seu torso era pressionado contra o meu peito, e longos e finos dedos masculinos apertavam a minha cintura. — Você gosta de jogos de RPG? Levitsky sussurrou quase perto do meu ouvido. — Bem, ok.Você é uma médica. Eu sou um paciente com desvios sexuais. Vamos ajudar um ao outro? Suspirei alto, olhando nos olhos nublados de luxúria do meu parceiro de dança. Um sorriso sujo apareceu no seu rosto, a julgar pelo qual não foi difícil adivinhar o que ele planejava fazer comigo. Idi*ota. O que mais você pode tirar de uma pessoa cujo DNA é cinquenta por cento idêntico ao de uma banana? Que bom que a música lenta chegou ao fim e fomos obrigados a nos desligar. Juntei-me a um grupo de garotas sentadas perto da mesa de sobremesas, observando distraidamente os casais se movimentando na pista de dança por um tempo. Arte, na companhia da sua senhora, bebia whisky, sentado numa das mesas mais distantes. Eu preferiria não olhar para ele, mas meus olhos, contra a minha vontade, procuravam constantemente o escuro. — Que delícia! A linda morena sorriu sem jeito, acariciando a sua barriga linda. — Acho que o nome dela será Rita. — Experimente morangos com cobertura de chocolate! Ela se virou para o marido, que conversava com Voronov a alguns passos de nós. — Isso é uma maravilha! Preciso ter isso em casa. De repente, as luzes do restaurante diminuíram e a música parou. O apresentador gritou ao microfone. — É hora de surpresas! Convido aqui a nossa cativante Aline... — Por que só ela? Sem nem esconder a irritação, perguntou Kevin. Levitsky arrancou o microfone do apresentador. — Porque é um presente para sua esposa! Pavel suspirou com fingida tragédia. — E que você seja entregue a outro... Meu respeito, Selvagem Aline! Naquele momento, uma companhia de homens musculosos e seminus, de tanga, irrompeu no restaurante, cercando Aline. Agitando os braços e balançando os quadris, os selvagens condecorados começaram a dançar algo como danças rituais em torno da minha amiga chocada. Livrando-se rapidamente da camisa e da jaqueta, Levitsky se juntou à coluna de strippers, balançando a bu*nda no ritmo da batida e rosnando como um animal selvagem. O que ele fez!!! Fiquei tão chocada quanto os outros convidados... Mas a reação de Aline a esta surpresa anormal fez com que os cantos dos meus lábios se erguessem num sorriso de aprovação. Ela, dançava relaxadamente sob aplausos, liderou esta procissão r**m e seminua. Este é definitivamente um ato selvagem que atraiu a atenção da maioria dos homens presentes. Depois de tomar um gole de água mineral, o meu olhar pousou no rosto de Kevin, distorcido pela raiva e pelo ciúme. Parece que se não fosse Igor, dando tapinhas prudentes no ombro do seu camarada, com a mão pesada, o cortejo dançante teria se transformado em funeral... Os olhos escuros e expressivos de Kevin estavam focados na principal beleza da noite. Quando a dança das strippers selvagens finalmente terminou e os machos alfa foram embora, Aline correu para o marido. Envolvendo os braços em volta do pescoço dele, ela pressionou apaixonadamente os lábios nos dele... Revirando os olhos, me virei, olhando para outro casal arrulhando. Rindo, Rita alimentou Igor com morangos, primeiro mergulhando-os em chocolate quente, e ele, ronronando docemente, acariciando a sua barriga. — Realmente, delicioso! O loiro derreteu numa poça. Havia uma atmosfera de amor por toda parte, e só eu me deliciei com um copo de água mineral a noite toda, deixando generosamente vestígios do meu batom. Enquanto os convidados se revezavam na aproximação ao microfone, parabenizando os noivos, olhei por cima do ombro e notei como a loira puxou o meu Arte para a sala de serviço. ‎ ‌​​​‌‌ ​‌‌​‌​‌​ ​​
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